São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 1997
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Sabesp pede que consumidor poupe água

DA REPORTAGEM LOCAL; DA FT

O fornecimento de água para 9 milhões de pessoas na capital e na Grande São Paulo ficará interrompido até a madrugada de amanhã.
A interrupção estava prevista para começar à 1h de hoje e a normalização total do serviço de abastecimento -inclusive nas áreas mais críticas- está prevista para a manhã de sábado.
Segundo informações fornecidas pela Sabesp (Companhia de Saneamento Básico do Estado de São Paulo), o motivo da interrupção é a execução de um serviço de manutenção no sistema Cantareira.
Esse sistema é responsável pelo abastecimento de 55% da região metropolitana de São Paulo produzindo, em média, 33.200 litros de água por segundo.
A paralisação afetará os moradores das regiões abastecidas por 47 reservatórios da Sabesp, nas zonas norte, oeste, parte da leste, parte da sudoeste e região central de São Paulo, além de 11 municípios da Grande São Paulo (veja quadro).
A cada três anos a Sabesp costuma interromper os serviços para obras de manutenção. A última paralisação foi feita em 93.
Interligação
A Sabesp aproveitará a interrupção para realizar a interligação de três obras em fase de conclusão do Programa Metropolitano de Água.
Serão interligados ao sistema de abastecimento da cidade a adutora Jaguara-Mutinga (zona oeste), o reservatório da Penha (zona leste) e a estação elevatória Consolação.
A companhia de saneamento está solicitando à população das áreas afetadas que evite o desperdício de água a partir de hoje.
Serviços como a lavagem de quintais, calçadas, veículos e roupas só devem ser feitos após a normalização do abastecimento.
Equipes da Sabesp estarão de plantão para o atendimento de emergência pelo telefone 195.
Estoque
A dona-de-casa Nilza Pereira, 67 anos, encheu o tanque, três panelas e dois baldes, para não correr o risco de ficar sem água no feriado. "Lavei toda a roupa hoje e vamos ter que fazer economia", afirmou.
Ela mora com outras sete pessoas na Mooca (zona leste), um dos bairros prejudicados.
O vigia aposentado José Tomaz de Lima, 76, morador de Ermelino Matarazzo, armazenou água em um latão de 200 litros.
"Fiquei sabendo que ia faltar água pela TV e corri para guardar, porque não tenho caixa d'água."

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