São Paulo, quinta-feira, 27 de março de 1997
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Dívida supera patrimônio

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Ao destinar R$ 400 milhões do Proer para que o novo controlador do banco equilibrasse as contas de ativos e passivos, o Banco Central deixou claro que o Bamerindus estava com patrimônio líquido negativo.
Em outras palavras, isso significa que o banco estava tecnicamente quebrado, com dívidas acima do patrimônio da instituição.
Até então, a versão oficial era que o banco apenas atravessava problemas temporários de caixa.
O banco chegou a emprestar diariamente R$ 2,7 bilhões junto ao mercado (Caixa Econômica Federal, principalmente) e ao BC.
A Folha apurou que a CEF emprestou até R$ 1,7 bilhão em algumas ocasiões.
No caso do BC, os empréstimos de liquidez chegaram a R$ 1,2 bilhão em alguns dias.
Ao ser decretada a intervenção, o Bamerindus devia R$ 850 milhões ao BC, que serão pagos com parte do dinheiro emprestado por meio do Proer.

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