São Paulo, sábado, 29 de março de 1997
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Hong Kong sedia novo livro

AMIR LABAKI
DA EQUIPE DE ARTICULISTAS

Um artigo no "The Sunday Times" celebra a volta de James Bond ao estilo Fleming em "Zero Minus 10", de Raymond Benson:
"Um conquistador que bebe e fuma pesadamente e que destrói seus inimigos na mesa de jogo antes de matá-lo sem piedade". O centro da trama é Hong Kong, dez dias antes de sua devolução ao controle chinês, em 1º de julho próximo.
Bond viaja para a já quase ex-colônia britânica para investigar a conexão entre a explosão de um luxuoso restaurante local, a morte de dois policiais num porto inglês e a explosão de uma bomba atômica no deserto australiano. O envolvimento com uma bailarina leva-o a uma das Tríades, a máfia local.
Uma minuciosa descrição do ritual de iniciação numa tríade encontra-se no primeiro dos dois trechos do livro publicado com exclusividade pela "Playboy" nos EUA. Bond segue dois vilões, Li Xu Nan e Scarface, até a periferia de Hong Kong e por duas horas acompanha o "batismo" de quatro novos convertidos.
Ao fim da cerimônia, Bond é capturado. Levado à presença de Mr. Li, ouve uma oferta: a vida dele e da mocinha serão poupadas caso vá a China roubar um documento de um certo general Wong. Os desdobramentos da missão estão no segundo extrato, a sair no princípio do mês que vem.
"Zero Minus 10" foi escrito por Benson após intensa viagem às locações principais -Hong Kong, o interior da China, Macau. O melhor comentário até aqui é de sua esposa: "O livro é nossa viagem a Hong Kong, mas com perigo".
"O truque é que numa história de Bond a Inglaterra deve ter interesses próprios, seja lá qual situação for. Escolhi Hong Kong por razões óbvias".
(AL)

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