São Paulo, sábado, 29 de março de 1997 |
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Boi-Bumbá transforma SP em interior
LUIZ ANTÔNIO RYFF
Organizada pelos moradores do bairro, a festa é realizada ao ar livre, em uma praça sem nome, conhecida como praça da Árvore, na confluência de quatro ruas -a Cap. Paulo Carrilho, a Cap. Frederico Pradel, a Dr. Cícero de Alencar e a Padre Camilo). É o sétimo ano que a festa acontece, ainda preservando o estilo familiar. A entrada é gratuita e barraquinhas montadas pelos moradores vendem comidas e bebidas. "Aqui (no Morro do Querosene) a gente ainda preserva o espírito de cidade do interior. Você encontra as crianças jogando bola na rua, soltando pipa e andando de carrinho de rolimã", diz Tião Carvalho, fundador do Cupuaçu. A cada ano o número de participantes aumenta. Na última vez, no feriado de 15 de novembro, 1,5 mil pessoas brincaram com o boi. A festança começa no final da tarde, às 17h, e termina só na manhã no dia seguinte. Capoeira A festa começa com o boizinho encantado -um bumba-meu-boi organizado pela crianças do morro. Depois terá uma roda de capoeira de Angola, aberta a quem quiser participar. Os jovens das vizinhanças se apresentam em seguida com grupos de rap. O grupo do Baque-bolado mostra o maracatu logo após. Depois é a vez do grupo Saia Rodada, que apresenta a dança do baralho -uma dança carnavalesca maranhense da virada do século. A penúltima atração é o grupo Mafuá, que mostra ritmos nordestinos como o baião e o xote. A festa é fechada com o Cupuaçu encenando o renascimento do boi, que conta a história de um casal de retirantes, Pai Francisco e Mãe Catirina. Ela, grávida, tem o desejo de comer a língua do boi predileto do dono da fazenda, o Amo. Baseado nas tradições maranhenses, o Cupuaçu celebra o bumba-meu-boi com "sotaque da Ilha" (tipo de bumba-meu-boi), com matracas (dois pedaços de madeira tocados um contra o outro) e pandeirões. "Esse é um gênero musical diferente, completamente desconhecido", afirma Carvalho. (LAR) Evento: O Renascimento do Boi Quando: Hoje, a partir das 17h Onde: Confluência das ruas Cap. Paulo Carrilho, Cap. Frederico Pradel, Dr. Cícero de Alencar e Padre Camilo Quanto: Entrada franca LEIA MAIS sobre o boi à pág.4 Texto Anterior: Renato Borghi, também 60, vai à festa no Oficina Próximo Texto: DJs estrangeiros vêm tocar na cidade Índice |
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