São Paulo, domingo, 30 de março de 1997
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Leptospirose, malária e dengue ameaçam desabrigados no Pará

Governo anuncia operação de emergência na região

ESTANISLAU MARIA
DA AGÊNCIA FOLHA, EM BELÉM

A leptospirose, a dengue e a malária começam a ameaçar as 2.200 famílias desabrigadas pelas enchentes em Marabá (500 km ao sul de Belém).
Ontem, o rio Tocantins, que estava 12,26 m acima do nível normal e vinha subindo cerca de 12 cm por dia, passou a subir mais lentamente. Os bombeiros não tinham registros e novos desabrigados.
O cabo Francisco Pontes, do Corpo de Bombeiros, disse por telefone à Agência Folha que não choveu ontem em Marabá, mas que a chuva continuava na cabeceira do rio, a leste do município.
A preocupação agora se concentra nos cinco abrigos da prefeitura e nos acampamentos com barracas da Defesa Civil e do Exército, para onde foram levadas as cerca de 11 mil pessoas desabrigadas.
Técnicos de saúde das secretarias estadual e municipal estimam que casos de dengue, malária e leptospirose podem começar a aparecer nos próximos dias entre os desabrigados e aumentar em progressão geométrica.
O secretário estadual de Saúde, Vítor Manuel de Jesus Mateus, anunciou uma operação de emergência e envio de medicamentos para o sul e sudeste do Pará.
O governo pretende evitar uma epidemia de leptospirose e um aumento da malária e da dengue, cujos casos estimados antes das chuvas da últimas semana já superavam os 5.000 e 2.000 respectivamente, na região neste ano.
As enchentes facilitam a transmissão de malária e dengue porque favorecem a reprodução do mosquito transmissor. A leptospirose é transmitida pela urina de rato, que se mistura com a enchente.

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