São Paulo, domingo, 30 de março de 1997 |
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Aos 50 anos, AA reúne 100 mil adeptos
RONI LIMA
Para divulgar o aniversário, foi lançada campanha gratuita em TVs, rádios e jornais. "A idéia é atrairmos mais gente", diz o presidente nacional do AA, psiquiatra Luiz Renato Carazzai, 37. Profissionais como Carazzai e outros envolvidos com o alcoolismo consideram importante que o dependente entenda que sua doença tem cura, desde que se interrompa o uso do álcool. "A única coisa que a pessoa perde é o direito de beber socialmente. Ela tem que evitar o primeiro gole, pois a doença se reinstala rapidamente", disse Carazzai, do Serviço de Psiquiatria da Universidade Federal do Paraná. A dependência leva de cinco a seis anos para se desenvolver, por isso é mais difícil identificar adolescentes doentes. A dependência é registrada a partir dos 18. Mas, segundo especialistas, o uso do álcool se agrava a tal ponto que vem diminuindo a idade em que a pessoa toma o primeiro gole. Uma pesquisa realizada pelo Instituto Philipe Pinel, em 96, no Rio, junto a 320 dependentes, apontou que 40% tiveram o primeiro contato com o álcool aos 11 anos. Entre os dependentes pesquisados, 70% eram homens. Segundo Miceli, das mulheres internadas, 70% faziam o uso de bebidas alcoólicas com tranquilizantes. O alcoolismo pode ser identificado por problemas ligados à perda de coordenação motora, brigas com amigos e familiares, atrasos e afastamento do emprego. A dependência causa insuficiência hepática, doenças coronarianas, perda de memória e capacidade intelectual e cirrose. "A demência é o fim de linha. O tecido cerebral é destruído. A pessoa lembra de um passado remoto, sem ligar fatos", disse Miceli. Texto Anterior: Governador inaugura ambulatório amanhã; Campinas tem cursos de terapia cognitiva Próximo Texto: Ex-dependente deixa anonimato para ser exemplo Índice |
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