São Paulo, domingo, 30 de março de 1997
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Malu Mader dá seu 1º tiro em 'Justiceira'

ELAINE GUERINI
ENVIADA ESPECIAL AO RIO

A rotina de Malu Mader, 30, é pura ação. À frente do elenco de "A Justiceira", seriado policial que estréia no próximo dia 9, a atriz protagoniza as primeiras cenas de tiros, lutas e perseguições de sua carreira.
Diana, sua personagem, é uma ex-policial que, depois de ter o filho sequestrado, se junta a uma organização secreta contra o crime. "Ela é uma mulher que vive testando seus limites, oscilando entre o medo e a coragem", diz a atriz, que está grávida de quatro meses do segundo filho.
Rodado em película de 35 mm, o seriado prioriza a linguagem cinematográfica -com destaque para os diálogos curtos e longas sequências de ação. "Ela é do tipo que se pendura na janela de prédios, que rola no chão com os bandidos", conta a atriz.
Sem nunca ter pego em uma arma, Malu precisou aprender a atirar para encarnar sua nova personagem. "O primeiro tiro foi uma experiência desagradável." Leia, a seguir, os principais trechos da entrevista.
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Folha - Depois de "O Mapa da Mina", você recusou várias propostas de novelas e só aceitou participar do elenco de "A Vida como Ela É" e "A Comédia da Vida Privada". O que a fez aceitar o papel em "A Justiceira"?
Malu Mader - Recusei alguns convites porque achei que deveria ficar só com o João (hoje, com quase dois anos). "A Vida como Ela É" foi irrecusável. Os personagens de Nelson Rodrigues são um sonho, e o entusiasmo de Daniel Filho era contagiante. Aceitei trabalhar em "A Justiceira" por se tratar de um projeto arriscado e pioneiro e porque tinha vontade de continuar trabalhando com a equipe que fazia o quadro no "Fantástico".
Folha - A Diana é a primeira personagem de ação de sua carreira. Como se preparou?
Malu - Fiz aulas de tiro e defesa pessoal.
Folha - Você assistia à série "A Dama de Ferro"? Teme algum tipo de comparação com atrizes estrangeiras que fizeram papéis de ação na TV ou cinema?
Malu - Não. De maneira nenhuma. Gosto muito da atuação da protagonista de "Nikita", na produção original, mas minhas fontes de inspiração foram diversas, incluindo atores. Acho que a Diana que eu faço tem um jeito levemente masculino.
As pessoas brincam comigo dizendo que eu sou a nova Kate Mahoney (o nome da personagem do seriado "Dama de Ferro", exibido pela Globo). Mas nunca vi o programa.
Folha - Até que ponto a sua gravidez interferiu (ou interfere) no trabalho? Isso a impediu de fazer alguma cena?
Malu - Dos 32 episódios programados, vamos fazer só 12. Ouvi falar que as gravações seriam aceleradas, mas isso não aconteceu. Eu nunca tive a pretensão de fazer cenas perigosas. Nessa hora, entram os dublês.
Folha - Em algumas regiões, a palavra justiceiro define uma pessoa que ignora as leis e faz justiça com as próprias mãos. Qual o conceito de justiça que a sua personagem passa?
Malu - Acredito na responsabilidade dos autores ao tocarem no assunto, até porque não acho que eles queiram passar nenhum tipo de conceito. É apenas um programa de entretenimento. É o nosso mocinho e bandido.

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