São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 1997
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Hungria quer entrar na Europa moderna

ARTHUR NESTROVSKI
DO ENVIADO ESPECIAL À HUNGRIA

Cobra-se, naturalmente, maior apoio do governo húngaro na área social; mas ninguém tem a solução matemática do problema. Exceto diminuir os gastos do próprio governo, que, apesar da crescente onda de privatizações e descentralização, chega a tonitruantes 62% do PNB (segundo fontes do "The Budapest Sun"). Uma solução política e financeira, quando encontrada, poderia sugerir modelos alternativos de administração; alguma outra coisa, quem sabe, entre o socialismo do passado e o liberalismo triunfante.
Poucas populações têm o nível educacional dos húngaros, para não falar do interesse pela política, verdadeira marca de identidade nacional. Do alto de nossa desigualíssima prosperidade, dá dó ver tanta gente de talento e energia definhando em tempos ruins. Quando encontrar seu rumo, a Hungria tem tudo para ser um país de liderança na Europa Central. A questão, por enquanto, é a seguinte: para acertar o passo, a Hungria precisaria ingressar na União Européia e na Otan; mas só será aceita na União Européia e na Otan quando acertar o passo. Nalgum momento, um acordo terá de ser negociado. Até lá, o país deve sofrer com os efeitos de sua modernização.

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