São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 1997
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É proibido buzinar na capital da Hungria

DO ENVIADO ESPECIAL À HUNGRIA

Budapeste é surpreendentemente silenciosa, para uma cidade com 2 milhões de habitantes e trânsito carregado. Há uma lei municipal que proíbe usar a buzina, exceto em casos de emergência.
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A Hungria ficou em primeiro lugar, em 1995, entre os países de maior consumo alcoólico per capita da Europa. Os húngaros beberam o equivalente a duas vezes o tamanho da dívida interna.
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No inverno tem menos graça, mas em outras estações não deixe de caminhar pelo parque da ilha Margarida, no Danúbio, entre Buda e Peste. Há um hotel Ramada na própria ilha (fax 00361/153-3029).
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As confeitarias de Budapeste são um capítulo à parte. Três endereços imperdíveis: a Gerbeaud, na praça Võrõsmarty, fundada em 1858; a New York Kávéház (Erzsébet kõrút 9), um palácio de veludo, mármore e cristal, onde reuniam-se artistas no início do século; e a Müvész Kávéház, em frente à Ópera, outra fantasia art nouveau, com o melhor café da cidade.
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Doces de Budapeste: "almás rétes" (strudel de maçã), "meggyes rétes" (strudel de frutas silvestres), "dobos torta" (torta de caramelo), "mákos pite" (torta de papoula). O croissant de "mákos" do Hotel Forum é o caviar dos doces, uma coisa sem explicação, como os violinos ciganos, ou a luz da manhã no Danúbio, observada do alto das colinas de Géllert, no início da primavera.
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Para onde foram todas as estátuas dos anos de socialismo, todos os Marx, Engels, Lênin e Stálin, mais o Operário Modelo? Estão todos dormindo, profundamente, no Parque da Estátua Socialista (Szoborpark Múzeum), num subúrbio distante, ao sul de Buda.

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