São Paulo, segunda-feira, 31 de março de 1997 |
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Sinagoga é a maior da Europa
ARTHUR NESTROVSKI
São quase 80 mil pessoas: uma fração da população judia húngara de antes da Segunda Guerra Mundial, que chegava a dez vezes mais. Logo adiante das antigas muralhas medievais de Peste fica o bairro judeu. Durante a guerra, o bairro foi transformado em gueto, onde comprimiam-se 220 mil pessoas. Agora são ruas e ruas semidesérticas, com fachadas em mau estado e pátios escuros vazios. Na entrada do bairro, ergue-se a sinagoga Dohány, a maior da Europa e segunda maior do mundo. Construída em 1859, em estilo neobizantino, serve à comunidade ortodoxa da cidade. Abriga, ainda, o Museu Judaico, com artefatos da longa história judaica na Hungria e quatro salas sobre o Holocausto. No pátio interno, pode-se ver o Memorial do Holocausto, do escultor Imre Varga: um salso-chorão carregado de folhas de metal, folhas essas que os sobreviventes e descendentes dos judeus mortos durante a ocupação nazista vão acrescentando aos galhos. No mesmo pátio, fica também um pequeno cemitério, com árvores rodeadas de lápides para mortos sem túmulo. As datas de nascimento variam -1871, 1889, 1904, 1911 etc.-, mas só há duas datas de morte: 1944 e 1945. (AN) Texto Anterior: Rio Danúbio separa Buda e Peste Próximo Texto: Budapeste contabiliza quase 40 museus Índice |
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