São Paulo, sexta-feira, 4 de abril de 1997
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Esperteza oficial; Decisão adiada; Condição fundamental; Ruptura elegante; Agora é moda; Já virou rotina; Filme antigo; Evitando polêmica; Jogo tucano; É dando que se recebe; Reage truculência; Forte, mas não muito; Sem correr risco; Negócio de ocasião; Pedindo demais; Vida real; Ver para crer

Esperteza oficial
Nas palavras de um ministro, "é bode" os 65 anos de idade para aposentadoria, estabelecidos por Beni Veras (PSDB-CE) no relatório de reforma da Previdência. O governo poderá posar de mocinho abortando a idéia.

Decisão adiada
FHC não deve assinar mais tratado de transferência de presos na visita que fará ao Canadá. O Planalto estudou a legislação canadense. Descobriu que, se transferisse os sequestradores de Abílio Diniz, seriam soltos logo.

Condição fundamental
Entidades de direitos humanos afirmam que, se não for criado programa nacional de proteção a testemunhas de violência policial, de pouco adiantará aprovar a mudança que transfere à Justiça comum julgamentos de PMs.

Ruptura elegante
Itamar disse a FHC que não podia continuar apoiando um governo discordando de seu rumo e de suas principais decisões. O ex-presidente insinuou que esperava ter mais influência em um governo que ajudou a eleger.

Agora é moda
Índios guarani ameaçam se suicidar coletivamente caso a Justiça Federal mantenha decisão de despejá-los de uma área no município de Maracaju (MS).

Já virou rotina
Ministros de FHC já não ligam mais para o que Serjão diz. Um deles brinca: "Só falta agora ele atacar Deus (FHC), pois os santos (Kandir, Malan, Paulo Renato etc.) vivem apanhando".

Filme antigo
Amin (PPB) está lendo o relatório da CPI do PP (Pedro Paulo Leoni Ramos, governo Collor). "Muitas operações com debêntures de estatais são semelhantes às da CPI dos Precatórios."

Evitando polêmica
A TV do Senado tenta há dias marcar um debate sobre a privatização da Vale. Senadores governistas e Kandir recusaram o convite. Só José Eduardo Dutra (PT-SE), que é contra, aceitou.

Jogo tucano
Anteontem, enquanto Serjão desancava a idéia do Congresso revisor em 99, Arthur Virgílio (PSDB) apresentava seu projeto de emenda sobre o assunto.

É dando que se recebe
Para garantir o depoimento dos presidentes dos grandes bancos e fundos de pensão na CPI dos Precatórios, o PMDB ameaçou boicotar a convocação de governadores e prefeitos.

Forte, mas não muito
Houve crise entre FHC e os líderes governistas anteontem. Os líderes viram que o governo queria que o Congresso assumisse sozinho o ônus de abrir exceção na reforma administrativa. O presidente teve que dar o aval.

Sem correr risco
O ministro Luiz Carlos Santos diz que "o governo trocou o ótimo pelo bom" ao abrir exceção no teto de R$ 10,8 mil da reforma administrativa. Diz que tentou acordo com o PT, que preferiu ver se o Planalto se estreparia.

Negócio de ocasião
Marcelo Deda (PT-SE) afirma que a oposição lançará hoje desafio ao Planalto: ajuda a aprovar o teto salarial de R$ 10,8 mil, que a base governista não quer, em troca de mudanças em quatro ou cinco artigos do relatório.

Pedindo demais
Um deputado petista diz que falta estratégia ao partido. Argumenta que, se o PT tivesse ajudado o governo a manter o teto de R$ 10,8 mil, deixaria 140 deputados contrariados com FHC.

Vida real
Do líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), sobre a dificuldade para aprovar a reforma administrativa: "Foi mais fácil passar a reeleição, que era uma tese. É duro votar quando a mudança atinge o bolso de cada um".

Ver para crer
Senadores do PMDB não pensam em aceitar passivamente a nomeação de dois deputados para o ministério. O troco pode vir na forma de apoio à CPI da Vale, cujas assinaturas necessárias a oposição ainda não conseguiu.

E-mail: painel@uol.com.br

TIROTEIO
Do deputado Jurandyr Paixão (PMDB-SP), presidente da comissão especial da reforma tributária, sobre o que considera corpo mole do governo:
- Ou votamos a reforma (tributária), como fizemos com a reeleição, ou FHC se descaracteriza como governante sério.

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