São Paulo, sexta-feira, 4 de abril de 1997 |
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Requião defende a candidatura de Lula
AUGUSTO GAZIR
Lula e o presidente do PT, José Dirceu, se reuniram com Requião para apoiar seu trabalho na relatoria da CPI e discutiram a criação de uma frente de oposição para 98, com a presença do PMDB. "Conversamos sobre a possibilidade das oposições lançarem um candidato único em 98, que na minha opinião seria o Lula", disse Roberto Requião. "Isso foi uma gentileza do Requião. Sempre fomos companheiros do senador. Mas não é correto discutir nomes agora. Isso gera divisão", afirmou Lula, candidato derrotado nas duas últimas eleições presidenciais. "A idéia é constituir um movimento que resulte numa candidatura em 98", completou. O líder petista também discutiu a formação desse movimento com os senadores Iris Rezende (PMDB-GO) e Pedro Simon (PMDB-RS). Lula negou que já seja candidato a presidente, mas se disse à disposição do partido. Requião afirmou que não vai se lançar candidato a presidente pelo PMDB e evitou chamar a idéia da candidatura única de união das esquerdas. "É a união dos brasileiros." "Posso ser a pessoa a iniciar essa conversa (sobre a candidatura única de Lula) com os senadores e deputados (do PMDB)", completou Requião. Para Lula, setores do PMDB devem integrar a aliança. "A base do PMDB é mais progressista que a maioria da bancada do partido." Ele classificou de "ótima" a possibilidade do ex-presidente Itamar Franco se lançar candidato em 98. "Quanto mais candidaturas melhor. Tudo que pode acontecer de ruim no Brasil é haver só duas candidaturas a presidente." ACM e PT Além de Requião, Lula e a bancada de senadores do PT se reuniram com o presidente do Congresso, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA). "Vamos pedir ao ACM que garanta os trabalhos da CPI dos Precatórios", disse Lula. Segundo ele, os petistas apóiam Requião e são contra a intervenção na comissão. "Há setores do governo tentando desqualificar o Requião. Ele tem um estilo próprio, é sério e competente", afirmou. No caminho para o gabinete de ACM, no principal salão do Senado, Lula recebeu cumprimentos e ouviu reivindicações de funcionários públicos de Alagoas. Texto Anterior: FHC discorda de ministro Próximo Texto: Itamar admite "eventual" candidatura à Presidência Índice |
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