São Paulo, sexta-feira, 4 de abril de 1997 |
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Ex-aliado descarta impeachment em SC
CARLOS ALBERTO DE SOUZA
"A maioria dos deputados aguarda um fato mais forte", declarou ele, baseado nas conversas com seus colegas. Kuster disse que a prática de inconstitucionalidade, já admitida pelo governador -a utilização de recursos da emissão de títulos para outras despesas que não os precatórios, por exemplo-, "não é suficiente" para que pelo menos 27 dos 40 deputados (dois terços dos votos) votem pelo impeachment. O deputado, cujo partido deixou o governo, como o PFL e o PDT, do início de março para cá, declarou que uma mobilização popular, como verificada na época do Collorgate, seria capaz de pressionar a Assembléia Legislativa a aprovar o impedimento do governador. "Se a sociedade continuar indiferente, não acontece (o impeachment)", disse ele, que evita revelar sua posição pessoal sobre o caso devido ao cargo que exerce. A Assembléia já recebeu dois pedidos de impeachment, que voltaram para seus autores a fim de que eles os adaptem às exigências formais do Legislativo. O PMDB, que conta com 11 deputados, perdeu a maioria com a saída do PFL (oito deputados), do PDT (dois) e do PSDB (dois). Para evitar o impeachment, o governador necessitaria do apoio de mais três deputados. A presidente da CPI das Letras da Assembléia de Santa Catarina, Ideli Salvatti (PT), irá a Brasília, na próxima semana, requerer documentos à CPI dos Precatórios. Ela pretende dados sobre as ligações telefônicas de Wagner Baptista Ramos, um dos principais suspeitos da fraude, para Santa Catarina. Deputados catarinenses suspeitam que Ramos tenha feito ligações para o comitê eleitoral da prefeita de Florianópolis, Ângela Amin (PPB), mulher do senador Esperidião Amin, quando ela era candidata ao cargo. Texto Anterior: CPI descobre cheques que ligam Ramos a 'laranjas' Próximo Texto: Tuma apura em MS lavagem de dinheiro Índice |
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