São Paulo, sexta-feira, 4 de abril de 1997
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PORCARIAS

PORCARIA
Com mais de 200 mil cópias vendidas, '

PORCARIA
Com mais de 200 mil cópias vendidas, 'Porcarias', o livro de estréia que tornou Marie Darrieussecq, aos 27 anos, o maior fenômeno de vendas da literatura francesa em 1996, é lançado no Brasil pela Companhia das Letras. A obra, narrada em primeira pessoa, é um relato de uma vendedora de perfumaria que se transforma em leitoa. Leia trecho publicado com exclusividade pela Folha.

Agora o mais bonito era o meu traseiro. Ficava arrebitado e quase rasgava o meu uniforme de trabalho.
O diretor da rede devia se orgulhar de mim de verdade para mostrar tanta bondade comigo.
Havia como que orgulho nos meus olhos e no meu corpo. Quando eu me levantava, o cliente ficava de olhos esbugalhados.
Honoré exultava. Suas teorias se confirmavam. O trabalho tinha me corrompido. Agora, eu gemia debaixo dele.

Recomecei a trabalhar de alma nova, não tinha mais essa preocupação na cabeça de saber se estava grávida ou não. Os clientes continuavam a pagar bem. Agora o patrão me deixava uma porcentagem um pouco maior, estava muito contente comigo, dizia que eu era a sua melhor funcionária. Na queima de estoque seguinte, tive direito a uma cerimônia com medalha diante de todas as outras vendedoras da rede e diante dos mais altos dignitários, a um estojo de pó-de-arroz do Seu-Lobo-Está-Aí e a um conjunto de cremes Gilda com ADN superativado para renovação celular e recombinações das macromoléculas. Eram produtos novos. Chorei de alegria nessa cerimônia. Tiraram fotografias. Eu estava orgulhosíssima, era visível nos retratos. Também era visível que eu tinha engordado, mas não tanto assim, porque desde o meu aborto tive enjôos cada vez mais frequentes e emagreci. Isso aí já não podia ser atribuído a uma gravidez. Tinha alguma coisa errada. Cada vez mais eu precisava tomar cuidado com a minha alimentação, praticamente só comia legumes, batatas sobretudo, era o que eu digeria melhor. Fiquei alucinada pelas batatas cruas; com casca, é bom que se diga. Honoré olhava para tudo isso com certa repugnância. Dessa vez, ficou pensando se de fato eu não estaria grávida. Mas apesar da sua cara meio enojada, o melhor era não prometer nada a Honoré. Pois agora era toda noite que ele me queria, eu mal tinha tempo de limpar o rosto e a gente já estava transando. E a mesma coisa com os clientes. E eu, que imaginei que eles iam torcer o nariz para as minhas banhas, pois sim, nem pensar. Contra todas as expectativas, os fregueses, e até os novos (que graças ao diretor gozavam de regalias em relação ao meu expediente já sobrecarregado, mas pagavam bem), todos pareciam gostar de mim meio balofa. Ficavam com um apetite, digamos assim, bestial. Mal eu começava a sessão, eles queriam tudo, na mesma hora, o pacote especial e a promoção Alta Tecnicidade com os óleos e o vibrador e tudo, o que custava supercaro; mas para os óleos eu percebia muito bem que eles nem ligavam, e o vibrador, arrancavam da minha mão e usavam de um modo estranhíssimo, juro para vocês. Eu saía dali moída. As mulheres, pelo menos, são mais requintadas. Todas as minhas freguesas antigas se maravilhavam com a sessão Alta Tecnicidade, não queriam saber de outra coisa. Eu começava a lamentar que agora a minha clientela fosse exclusivamente masculina. Vendia cada vez menos perfumes e cremes, mas pelo visto o diretor da rede não dava a menor pelota. Os estoques se acumulavam no fundo da loja e eu já ia escolhendo o que ia pegar na queima de estoques seguinte. Não era um emprego ruim. Mal ou bem, tinha suas compensações. Os clientes, depois de conseguir o que desejavam, sempre me dirigiam uma palavrinha gentil, me achavam linda, às vezes usavam outras palavras que eu não ia me atrever a escrever, mas que, pensando bem, me davam idêntico prazer. Eu percebia direitinho que era como eles diziam, bastava me olhar no espelho, afinal de boba eu não tinha nada. Agora o mais bonito era o meu traseiro. Ficava arrebitado e quase rasgava o meu uniforme de trabalho, que às vezes eu tinha inclusive que costurar, mas o diretor da rede se negava a me dar uma adiantamento para eu comprar um uniforme maior. Dizia que a rede estava à beira do abismo, que não tinha dinheiro. Todas nós fazíamos grandes sacrifícios financeiros, o nosso medo era que a rede falisse e que a gente ficasse desempregada. Eu via só algumas vezes minhas poucas colegas vendedoras, me diziam sempre que eu tinha muita sorte de contar com um homem decente como Honoré para me sustentar se fosse preciso. Sentiam inveja, sobretudo do meu traseiro. O que não diziam é que quase todas recebiam dinheiro dos clientes, dinheiro para elas. Eu sempre recusei, afinal de contas a gente tem o seu amor-próprio. Não tinha muita vontade de ver as minhas colegas vendedoras, elas eram vulgares, para não dizer outra coisa. Meus clientes, os meus, sabiam que entre nós nem se pensava em dinheiro, que tudo passava direto para a rede, e que eu recebia a minha porcentagem e ponto final. Me orgulhava de ter a contabilidade mais transparente de toda a empresa. As minhas colegas vendedoras me difamavam. Faziam jogo sujo também com o diretor. Sorte delas que eu não as denunciava, porque o diretor tinha os seus próprios métodos para as moças desonestas. Aliás, no final da história sempre aparecia um freguês descontente que contava tudo e participava da sessão de reeducação.

Eu fazia o meu trabalho direito. A minha perfumaria era bem administrada. Eu aceitava os elogios e os buquês de flores. Mais nada. Mas o que me custa confessar aqui, e no entanto preciso fazer isso, pois agora sei que faz parte dos sintomas, o que me custa confessar é que as flores, bem, eu comia as flores. Ia para o fundo da loja, punha tudo num vaso, contemplava um tempão. E depois comia. Era o perfume delas, talvez. Todo aquele verde e a visão de todas aquelas cores, isso me subia à cabeça. Era a natureza lá de fora que entrava na perfumaria, e eu, digamos assim, me emocionava. Sentia vergonha, tanto mais que as flores custam caríssimo, sabia muito bem que os clientes faziam sacrifícios imensos para me oferecer flores. Então, eu sempre me esforçava para guardar uma ou duas e prender na lapela. O que me exigia um tremendo sangue-frio, era de certa forma uma pequena vitória contra mim mesma. Os clientes gostavam de ver as flores deles bem coladinhas no meu regaço. E o que me serenava é que eles também comiam as flores. Se debruçavam sobre mim e pumba!, com uma dentada vinham colher as flores no meu decote e depois ficavam mastigando com ar guloso e me olhando sorrateiramente. De modo geral, eu achava os meus clientes um amor, umas gracinhas. O único problema é que se interessavam cada vez mais pelo meu traseiro. Quero dizer, e convido todas as almas sensíveis a pular esta página por respeito a si próprias, quero dizer que os meus clientes tinham uns desejos esquisitos, umas idéias totalmente contra a natureza, se é que vocês entendem o que eu quero dizer. Nas primeiras vezes, pensei que, afinal de contas, se graças a mim a rede podia faturar um dinheiro extra, eu devia me orgulhar e fazer tudo para que a loja funcionasse melhor ainda. Mas não sabia muito bem quando os clientes começavam a passar dos limites, de certa forma ignorava até onde podia ir meu contrato sem desrespeitar os bons costumes. Precisei de tempo e coragem para me atrever a me abrir com o diretor da rede. Curiosamente, o diretor da rede riu muito e me chamou de menininha, achei que existia certa ternura nesse tratamento e me emocionei até as lágrimas. O diretor da rede inclusive me deu um creme especial da Yerling para amolecer as partes sensíveis e amaciar o conjunto, e aí chorei aos prantos. O diretor da rede devia ser orgulhar de mim de verdade, para mostrar tanta bondade comigo. Depois, teve a paciência de dedicar um pouco do seu tempo ao aperfeiçoamento da minha formação. Enxugou as minhas lágrimas. Me sentou no colo dele e empurrou uma coisa para dentro do meu traseiro. Doeu ainda mais do que com os clientes, mas ele me disse que era para o meu bem, que depois tudo correria às mil maravilhas, que eu não teria problemas. Sangrei muito, mas não se podia chamar isso de menstruação. As minhas regras não tinham voltado desde o meu aborto. O diretor me disse para ser sempre muito bem-educada com os clientes. E aí aconteceu uma coisa esquisita e totalmente fora de propósito, e mais uma vez eu suplico aos leitores sensíveis que não leiam estas páginas. Comecei a morrer de vontade, para chamar as coisas pelo nome, de ter relações sexuais. Na aparência nada tinha mudado, os clientes eram sempre os mesmos, Honoré também, e isso também não tinha nada a ver com as aulas extras que o diretor da rede tinha me dado. Aliás, enquanto os clientes agora só queriam saber do meu traseiro, eu preferia que se interessassem por mim de outra maneira. Fazia exercícios de ginástica escondido para diminuir a minha bunda, inclusive ia numas aulas de aeróbica, mas não conseguia reduzir o tamanho dela. Pelo contrário, engordei ainda mais. Agora só se via o meu traseiro. Então, para os clientes se interessarem por outra coisa, deixei o decote da minha blusa rasgar de propósito e tomei a iniciativa. A primeira vez que trepei escanchada em cima de um freguês foi um desastre. Ele me chamou de uns nomes que não me atrevo a repetir aqui. Compreendi que seria difícil privar os clientes da iniciativa, e difícil portanto conseguir o que eu queria.

Aí fiz que nem no cinema. Comecei a bolinar os fregueses e a me fazer de gostosa. Isso aí deixou os homens doidinhos. Antes, eu me limitava a uma atitude muito estrita, não me permitia a menor grosseria, estávamos numa perfumaria chique. Mas, quando me pus a colaborar, sinto dizer, os clientes ficaram parecendo uns cachorros. Mas perdi alguns deles, que pelo visto sentiram saudades do velho estilo do estabelecimento e não suportaram a metamorfose. Mas eu morria de vontade, entendam-me. No começo, deu-me medo de perder clientes demais, que se percebesse no caixa. Mas para a minha grande surpresa chegou um novo tipo de clientela, na certa graças aos comentários de boca em boca. Esses clientes novos tinham jeito de procurar uma vendedora do meu gênero, que realmente sentisse vontade, que se rebolasse e tudo, vou poupar vocês dos detalhes. Depois eu compreendi que tinha desfalcado a clientela de algumas outras perfumarias da rede, e que isso tinha dado confusão, o diretor me pediu em termos não muito polidos para eu me acalmar. Inclusive me tascou uma bofetada quando perguntei a ele se queria utilizar os meus serviços. No entanto, antes não tinha se feito de difícil. Os clientes que eu preferia agora eram os que me pediam para ser amarrados antes das massagens. Isso variava. Podia fazer o que quisesse com eles. Nos espelhos, me achava bonita, um pouco vermelha, é verdade, um pouco balofa, mas selvagem, não sei como dizer. Havia como que orgulho nos meus olhos e no meu corpo. Quando eu me levantava, o cliente ficava de olhos esbugalhados. Parecia até que a gente estava na selva. Tinha uns tão assustados que eu podia comer esses fregueses. E os que insistiam nos velhos hábitos, os que ainda não tinham entendido que o estilo de casa tinha mudado, os que ainda queriam a pompa, a intimidação e o bumbum, eu punha esses no seu devido lugar, só vendo como. Levei uns tabefes, sobretudo dos que já tinham o costume de me bater antes da massagem especial. Mas para mim tanto fazia. Passava-se comigo uma coisa tão extraordinária que até a sessão de enquadramento a que o diretor da rede me submeteu mal-e-mal me arrancou uns gritos. Agora ele me achava assanhada demais, eu tinha me tornado vulgar, o estabelecimento não queria gatas no cio. Uns clientes tinham se queixado. Ele acreditou que ia me curar para sempre do meu gosto pela safadeza se me levasse para um fim-de-semana de três dias com seu tesoureiro e os seus dobermanns. Acreditou que os antigos clientes poderiam mandar novamente a menininha bem-comportada e dócil fazer o seu serviço de olhos baixos e sem um pio. Pois bem, se enganou. O que estava acontecendo de extraordinário era que agora eu gostava daquilo, quer dizer, não só das massagens que a gente pode anunciar na vitrine e da demonstração dos produtos, não, eu gostava de todo o resto, pelo menos das coisas nas quais tomava a iniciativa. Restavam, é claro, uns clientes apegados aos seus velhos hábitos. Eu não podia, afinal de contas, recusar tudo a eles, e além do mais tinha que ficar de olho se não quisesse que o diretor da rede me mandasse para o centro de reeducação especial. O diretor da rede dizia que era muito triste, que até as melhores funcionárias enveredavam pelo mau caminho, que já não se podia contar com ninguém. Dizia que eu tinha me tornado, me desculpem, uma verdadeira cadela, são os próprios termos dele. Honoré exultava. As suas teorias se confirmavam. O trabalho tinha me corrompido. Agora, eu gemia debaixo dele. Não demorou muito, ele não quis saber de mais nada comigo; dizia que tinha nojo de mim. Foi desagradável para mim, agora era sempre eu que sentia vontade e precisava me satisfazer na perfumaria. Honoré me empurrava para os braços da libertinagem humilhante. Hoje também me pergunto se Honoré não percebeu obscuramente as transformações do meu corpo. Pode ser que fossem as minhas banhas e a minha pele cada vez mais cor-de-rosa e meio que manchada de cinza que provocavam a sua repulsa. Para mim, era complicado concentrar a minha atividade sexual só na perfumaria, pois além de nem sempre encontrar clientes sensíveis aos meus hábitos novos, tinha que me lembrar de fingir tal como antes com os antigos fregueses. Vou tentar me explicar com a maior clareza possível, porque sei que não é fácil entender, sobretudo para os homens. Com os novos, em especial com os que se deixavam amarrar com facilidade, eu agora podia trabalhar no meu ritmo, relaxar, soltar os gritos que quisesse. Mas com os velhos habitués, mesmo tendo que refrear os meus ardores e aceitar as suas manias antinaturais, vocês sabem do que estou falando, ainda assim às vezes me sentia numa boa. E teve uns velhos habitués que me disseram com ar de reprovação que o meu jeito de gritar tinha mudado muito. Isso era inevitável, pois antes eu fingia. Se é que vocês estão me entendendo. Portanto, eu não podia esquecer de dar exatamente os mesmos gritos que antes. Também precisava me lembrar dos clientes que gostavam que eu gritasse. Ora, é difícil fingir quando sensações verdadeiras invadem o corpo da gente. Não sei se me faço entender bem. Imagino como deve ser chocante e desagradável ler uma moça que se exprime dessa forma, mas também devo dizer que agora não sou mais exatamente a mesma de antes, e que considerações desse tipo começam a me escapar. Seja como for, a vida ia ficando complicada. Além de ter que disfarçar as minhas sensações, os meus antigos clientes me amedrontavam cada vez mais, com os telefonemas chocados que poderiam dar ao diretor. O diretor já tinha perdido toda a confiança em mim, e o meu medo era ser mandada embora. Por sorte chegou um marabu africano riquíssimo que alugou os meus serviços a preço de ouro por uma semana. O diretor ficou muito feliz com a vinda do rico marabu, mas queria que a coisa acontecesse em outro lugar, não na perfumaria, um negro, era delicado. A perfumaria permaneceu fechada todo esse tempo, e os espíritos mais excitados serenaram. Aliás, muitos antigos habitués se voltaram para uma suposta pequena pérola que o diretor desencavou nas Antilhas e instalou em pleno Champs-Élysées, eu só queria saber onde é que a rede encontrou os recursos. O marabu foi um amor comigo. Levou-me para o "loft" dos bairros africanos e disse-me que fazia muito tempo que procurava alguém como eu. Primeiro a gente se divertiu um pouco, ele gostava muito do meu temperamento. Eu, é melhor que diga logo a vocês, deitava e rolava. Não é todo dia que a gente descobre sensações novas, tanto mais que o marabu conhecia as especialidades do seu país. E aí, depois de ter se divertido muito, o marabu começou a me fazer uns troços esquisitos. Passou-me uns unguentos no corpo, me auscultou, digamos assim, parecia que procurava alguma coisa. A minha pele reagia violentamente aos unguentos, queimava, mudava de cor, a minha vontade era mandar que ele parasse com aquilo. O marabu me fez beber licor de olho de pelicano. Também tentou me hipnotizar. Perguntou se eu me sentia doente. Então, para ele sossegar um pouco, comecei a contar tudo o que tinha acontecido nos meses anteriores. O marabu me deu o cartão dele, me disse para voltar a falar com ele se isso continuasse.

A gente simpatizou um com o outro. O marabu ria muito, porque a diferença entre as nossas cores, ele tão preto e eu agora tão cor-de-rosa, lhe dava um tremendo apetite. A gente tinha sempre que ficar de quatro na frente do espelho e soltar uns gritos de animais. Os homens são mesmo estranhos. Ainda é muito cedo para eu contar a vocês o que vi no espelho, vocês não iam acreditar em mim. Aliás, isso me gelou o sangue de tal forma que por muito tempo evitei pensar no assunto. O marabu me mandou para casa no final da semana. No batente da porta, insistiu para eu voltar a falar com ele se a coisa se agravasse. E me deu um último beliscão debaixo do meu pulôver. Achei que fazia isso para ser amável, igual àqueles 20 euros a mais que me deu e que me permitiriam voltar de táxi para a casa de Honoré. Mas na escada percebi que tinha me deixado uma mancha-roxa. A mancha-roxa foi se acentuando, como se diz. Ficou com umas tonalidades violeta, marrons. Honoré estava furioso com essa semana passada num estágio, desconfiava de alguma coisa. Fiz o que pude para esconder a mancha-roxa. Honoré não queria mais me tocar, mas não tinha perdido o hábito de botar o olho em mim toda noite debaixo do chuveiro, e eu também tinha que ceder a certos caprichos dele; mas só com a boca. Em pêlo, ocupada desse jeito com Honoré, não era nada fácil esconder a mancha-roxa que ficava bem em cima do meu seio direito. Mas Honoré pelo visto não notou nada, e também não comentou o meu aumento de peso, tão óbvio. A mancha-roxa foi virando um círculo bem redondo, marrom rosado. A minha vontade de ter relações era um pouco menor, estava passando. Os clientes amarrados me aborreciam. Os clientes violentos cansavam cada vez mais.

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