São Paulo, sexta-feira, 4 de abril de 1997
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Covas diz que não vai afastar mais ninguém

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

O governador de São Paulo, Mário Covas, afirmou ontem que não vai afastar mais nenhum integrante da cúpula da PM até que "apareça algum fato novo" na apuração dos crimes dos policiais de Diadema.
"Mas quem for identificado como tendo alguma culpa ou como incapaz de ocupar um cargo será afastado", disse o governador, depois de evento no Palácio dos Bandeirantes.
Segundo Covas, não é possível generalizar e banalizar o afastamento de um membro da PM. "Para eu ser lógico, no limite dessa coisa (da hierarquia da responsabilidade pelos crimes) estou eu", disse.
Até agora já foram afastados quatro oficiais envolvidos no escândalo da favela Natal: o ex-comandante da PM em Diadema tenente-coronel Pedro Pereira Matheus (que está preso) e o ex-subcomandante da PM em Diadema major Pedro Acácio Gagliardo, além dos coronéis Luiz Antônio Rodrigues, ex-comandante da PM no ABCD, e Paulo Miranda de Castro, ex-corregedor da PM.
Covas disse que a pesquisa Datafolha divulgada ontem, que apontou que mais da metade da população quer a demissão do secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, e do comandante-geral da PM, Claudionor Lisboa, tem validade. "Mas um administrador precisa ponderar todos os fatores e não só a vontade popular."
Ele não quis comentar as críticas feitas pelo ministro das Comunicações, Sérgio Motta, que questionou a decisão da manter a cúpula da corporação. "Não tenho nenhum comentário a fazer", disse o governador.

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