São Paulo, sábado, 5 de abril de 1997
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CPI não vê no MS destino de R$ 411 mi

FÁBIO SANCHEZ
ENVIADO ESPECIAL A CAMPO GRANDE

O senador Romeu Tuma (PFL-SP) não conseguiu saber, ontem, qual foi o destino de R$ 411 milhões remetidos para Campo Grande (MS) pela agência paulistana do Beron (Banco do Estado de Rondônia), suspeita de realizar operações ilegais investigadas pela Comissão Parlamentar de Inquérito dos Precatórios.
Tuma visitou, em Campo Grande, duas agências bancárias que receberam vários cheques remetidos pelo Beron para contas CC-5 -contas de pessoas físicas ou jurídics sediadas no exterior- dos bancos paraguaios Corfan Banco S/A e Banco del Paraná (controlado pelo Banestado, do Paraná).
O Corfan recebeu R$ 405 milhões em sua conta no Banco Rural no período de dezembro de 1995 a março de 1996. O Banco del Paraná recebeu R$ 6,5 milhões em sua conta no Banestado entre maio e julho de 1995.
O gerente do Rural, José Edvar Vilela, disse ao senador que as operações com câmbio são realizadas pela matriz do banco, em Belo Horizonte, e por isso não informou o destino do dinheiro.
O gerente do Banestado, Marco Bassani, disse que quando assumiu seu cargo, em novembro de 1995, a matriz do banco pediu que ele tornasse inativa a conta do Banco del Paraná.
Tuma considerou "muito estranha" a ordem para que a conta fosse desativada, já que o próprio Banestado é acionista majoritário do Banco del Paraná.

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