São Paulo, sábado, 5 de abril de 1997
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Mesa de CPI tem maioria governista

FABIO SCHIVARTCHE
DA REPORTAGEM LOCAL

A mesa diretora da CPI da Assembléia Legislativa de São Paulo que apura a atuação da PM na favela Naval, em Diadema, tem maioria governista.
O presidente, eleito por unanimidade, é o deputado Carlos Sampaio (PSDB), que tomou posse ontem à tarde, durante o primeiro dia de trabalho efetivo da comissão. Ele foi o autor da proposta de criação da CPI da PM de Diadema.
A relatoria ficou com a deputada Rosmary Corrêa (PMDB), indicada por Sampaio após consulta aos outros integrantes da comissão.
A única cadeira da mesa diretora que não ficou com o governo é a da vice-presidência, ocupada pelo deputado Alberto Calvo (PSB).
A maioria governista na CPI é motivo de preocupação da oposição. "É perigoso os cargos chaves ficarem na mão do governo. Temo que tudo acabe como a CPI do massacre da Casa de Detenção, que concluiu que houve excessos da PM, mas não indicou culpados", disse o deputado Elói Pietá (PT), integrante da CPI.
O presidente da comissão afirma que é um equívoco dizer que os governistas vão "melar a CPI". "Os deputados que participam da comissão já deram provas de que atuarão com total isenção", disse.
O primeiro dia de trabalhos da CPI foi marcado pelas divergências políticas dos membros da comissão. Depois da discussão para a composição da mesa diretora, os deputados não se entendiam sobre a convocação dos depoentes.
A bancada governista ganhou a primeira disputa e convocou para prestar depoimentos na próxima terça-feira o secretário estadual da Segurança Pública, José Afonso da Silva, e o comandante-geral da PM, coronel Claudionor Lisboa. Novos acusados
Mais 28 policiais militares do 24º Batalhão da PM de Diadema estão sendo investigados pela CPI do Crime Organizado da Assembléia, que trabalha em paralelo com a CPI da PM de Diadema.
São três sargentos, dois cabos e 23 soldados acusados de agressão, extorsão, ameaças e homicídio. Até agora, a CPI do Crime Organizado investigava 22 policiais.

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