São Paulo, sábado, 5 de abril de 1997 |
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Novo comandante da PM suspende blitze
OTÁVIO CABRAL
Casado assumiu o batalhão, responsável por todo o policiamento de Diadema, na tarde de quinta-feira, em substituição ao tenente-coronel Pedro Pereira Matheus. Matheus foi afastado no início da semana devido ao assassinato do conferente Mário José Josino, praticado por policiais militares. Casado também decidiu reformular o comando do 24º Batalhão. "Vários oficiais serão transferidos e outros de fora virão para o batalhão para assumir seus lugares", afirmou Casado. Reunião O tenente-coronel deve ter hoje uma reunião com oficiais e soldados do batalhão para decidir o nova estratégia de atuação da polícia e os pontos prioritários de policiamento de Diadema. "Depois desse triste episódio, mostrado pela televisão para todo o Brasil, a Polícia Militar vai precisar de tato para agir em Diadema. Vou reunir toda a tropa para traçarmos um plano de atuação", afirmou Casado. Casado está na Polícia Militar há 29 anos e foi nomeado pelo comando da PM com carta branca para fazer a reformulação que achar necessária no batalhão. Ele afirmou que pretende afastar todos os policiais envolvidos em denúncias de irregularidades e prestigiar os considerados "bons policiais". Carandiru Casado não considera a "intervenção" no 24º batalhão a missão mais difícil em sua carreira como policial. "Eu fui relator do IPM que apurou a ação da PM no Carandiru. Por isso, sofri pressões e ameaças. Esse caso de Diadema é difícil, mas nem tanto." Com o afastamento de 22 policiais suspeitos, o contingente do 24º batalhão foi reduzido para 368 homens, pelo menos 100 a menos do que Casado julga necessário. Para minimizar o problema, ele pretende deslocar funcionários do setor administrativo para o policiamento nas ruas. Texto Anterior: Oficial ia em carro da PM à empresa Próximo Texto: Lisboa pediu demissão, mas teve de ficar Índice |
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