São Paulo, sábado, 5 de abril de 1997 |
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Telebrás faz Bovespa girar R$ 1 bilhão
LUIZ ANTONIO CINTRA
O desempenho não leva em conta os dias em que há vencimento no mercado de opções, quando o volume negociado aumenta. Segundo operadores, o mercado não esperava para anteontem o realinhamento das tarifas telefônicas, o que ajuda a entender a alta de 6% de Telebrás PN no dia e concentrar 66% dos negócios à vista. Quando se considera as ações Telebrás ON, a participação da estatal passa para 71% dos negócios. A avaliação desses operadores é que muitos que venderam opções de Telebrás precisaram correr atrás do prejuízo. Isso porque esses investidores trabalhavam com um cenário externo desfavorável, o que, na verdade, ainda se mantém. Assim optaram por vender Telebrás nos contratos que vencerão no dia 22 do mês na expectativa de nova alta dos juros nos EUA. Agora, com as novas tarifas possibilitando lucros maiores para a estatal, a perspectiva para as ações da Telebrás melhora. Paulo de Sá Pereira, do Lloyds Bank, no entanto, acredita que os lucros da Telebrás não crescerão tanto quanto na última vez que a estatal realinhou suas tarifas. Pereira afirma que está trabalhando com a possibilidade do lucro crescer neste ano algo entre 5% e 10% sobre o lucro de 96. Ele acredita que o desempenho de Telebrás será afetado pelo cenário externo desfavorável. "O mercado internacional parece já ter comprado a tese de que os juros nos EUA voltarão a subir." Essa alta em doses pequenas foi a estratégia usada pelo banco central norte-americano em 94, quando os juros básicos da economia passaram de 3% ao ano para 6% no período de um ano. Agora, diz o diretor do Lloyds, o mercado espera uma alta menor. Caso o Fed opte por repetir a estratégia, os juros básicos deverão passar dos atuais 5,25% para cerca de 6,5%, na pior das hipóteses. Ontem, por sinal, o mercado nova-iorquino de ações voltou a oscilar fortemente, como tem ocorrido nos últimos dias. O índice Dow Jones chegou a cair 1,1%. Mais tarde se recuperou e fechou com alta de 0,75%. E-mail: mercado@uol.com.br Texto Anterior: Ritmo de consumo diminui em março Próximo Texto: Novidades tecnológicas custam caro na UD Índice |
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