São Paulo, sábado, 5 de abril de 1997
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Ligação local supera valor de outros países

ELVIRA LOBATO
DA SUCURSAL DO RIO

O ministro das Comunicações, Sérgio Motta, costuma citar a Argentina como o antimodelo da privatização das telecomunicações e respaldava sua crítica com dois argumentos: lá, o monopólio estatal foi substituído pelo monopólio privado e as tarifas subiram.
O argentino, segundo os dados revelados pelo próprio governo, paga uma assinatura mensal de US$ 8,47, com direito a 400 minutos de conversação local por mês.
A comparação com os norte-americanos é ainda mais avassaladora. Nos Estados Unidos, informa a tabela do Ministério da Fazenda, a assinatura mensal residencial custa US$ 11,76, mas sem limite para chamadas locais.
Até novembro do ano passado, quando o governo fez o primeiro aumento das tarifas locais, o Sistema Telebrás alardeava que o país tinha uma das tarifas mais baixas do mundo para a ligação local. Essa realidade mudou.
É bem verdade que a redução de 31,7% no custo das ligações interurbanas deixou o país em uma situação mais favorável, quando confrontado com as tarifas das ligações de longa distância praticadas em outros países.
Uma chamada interurbana com três minutos de duração passará a custar US$ 0,64 no Brasil, ao passo que os argentinos pagam o equivalente a US$ 0,72.
O custo de uma ligação semelhante chega a US$ 1,20 na Itália, US$ 1,37 na Alemanha e a US$ 1,20 no Brasil. O governo não divulgou a comparação das internacionais.

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