São Paulo, domingo, 6 de abril de 1997
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Disputa oferece surpresas de última hora

DA SUCURSAL DO RIO

A disputa pela telefonia celular privada trará surpresas até o último momento. Uma das novidades é a entrada do consórcio formado pela Comcast (terceira maior operadora de TV a cabo dos EUA), pelo grupo mexicano Carso (acionista da Telmex) e por dois sócios nacionais: O GP Investimentos (ligado ao Banco Garantia) e a Macau, de Antônio Dias Leite Neto.
Os quatro parceiros já estão no mercado de telefonia móvel em São Paulo, com o primeiro serviço de "trunking" digital do país. O "trunking" é um celular alternativo para comunicação empresarial.
Outra surpresa de última hora é a adesão da Splice do Brasil (fabricante de equipamentos de telecomunicação) a um consórcio que já se julgava concluído há muito tempo: o da BellSouth, RBS, banco Safra, Arbi e Oesp.
A entrada do novo sócio foi confirmada à Folha pelo presidente da Splice, Antônio Beldi.
Na sexta-feira à noite, a Hutchison -telefônica de Hong Kong- confirmou ter fechado parceria com a construtora mineira Cowan.
Rumores
À medida que se aproximava a data da entrega das propostas, surgiram rumores de que dois outros consórcios teriam se dissolvido, mas ambos negaram a notícia.
Executivos do mercado davam como certa a desistência do consórcio formado pela Telia (telefônica estatal da Suécia), Eriline, Grupo Senna, CR Almeida, Grandene e Brasilinvest.
Davam como certa também a saída da DDI (telefônica japonesa) do consórcio formado pela Motorola, Inepar, Suzano, Copel, Ceterp e Nisshoiwai.
José Henrique Castanheira, presidente da Eriline, diz que seu consórcio "está firme" e que vai apresentar propostas. O mesmo afirma Yuga Tsuda, da japonesa DDI.
Abertura de propostas
As seis áreas mais importantes e os preços mínimos das concessões são os seguintes: 1) Grande São Paulo (R$ 600 milhões); 2) interior de São Paulo (R$ 600 milhões); 3) Rio de Janeiro e Espírito Santo (R$ 500 milhões); 4) Minas Gerais (R$ 400 milhões); 5) Paraná e Santa Catarina (R$ 330 milhões); e 6) Rio Grande do Sul (R$ 330 milhões).

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