São Paulo, domingo, 6 de abril de 1997
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Corrida exige dois anos de treino

DA REPORTAGEM LOCAL

O desafio de terminar os 42.195 metros de uma maratona não é inatingível para quem já passou dos 40 anos e nunca fez exercícios físicos com regularidade.
A afirmação é de Wanderley de Oliveira, técnico da Seleção Brasileira de Ultramaratona, e de Turíbio Leite de Barros, coordenador do Centro de Medicina da Atividade Física e do Esporte, órgão da Escola Paulista de Medicina.
Mas não adianta sair correndo pensando em competir na próxima maratona paulista, marcada para junho. O treinamento para a prova exige, em média, pelo menos dois anos de trabalho contínuo.
"É o tempo mínimo para que o organismo comece a se adaptar", calcula Oliveira.
Antes de enfrentar as pistas, os novos maratonistas passam por um teste de capacidade física e por uma série de exames -desde o dentário até os exercícios de resistência física.
Aprovados, começam o trabalho de corrida com o auxílio de um treinador. Oliveira diz que esses novos maratonistas chegaram à corrida por ordens médicas ou pela vontade de fazer algum esporte e tentar, assim, retardar a velhice.
O resultado -para os persistentes- costuma compensar. Barros diz que pessoas que fazem esses exercícios ganham de 30% a 40% mais resistência física do que os sedentários. Mais: a corrida diminui a incidência de doenças, retarda os efeitos naturais do envelhecimento e diminui o estresse, diz.

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