São Paulo, domingo, 6 de abril de 1997
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Comidas crocantes viram moda nos EUA

The Wall Street Journal
de Nova York

DO "THE WALL STREET JOURNAL"

Após anos de "macio e cremoso", o crocante está de volta.
Companhias de alimentos estão colocando ingredientes crocantes até em sopas e iogurtes. Os novos cereais matinais incluem Honey Crunch Corn Flakes, da Kellogg, French Toast Crunch, da General Mills, e Cranberry Crunch, da Post -todas têm em comum o nome "crunch" (crocante).
Alguns números demonstram a tendência: o número de novos produtos "crocantes" saltou 40% desde 1994, chegando a 477, de acordo com o Serviço de Inteligência de Marketing dos EUA, uma empresa de pesquisa de mercados.
Tudo isso provém de pesquisas entre consumidores que mostram a preferência pelo crocante. "Para muita gente, é uma ligação com frescor e diversão", diz Gail Vance Civille, presidente de uma companhia de Nova Jersey que pesquisa sabores e texturas.
Outro apelo, segundo ela, é psicológico. "Comidas crocantes aliviam o estresse, como bater em uma bolinha após um dia complicado no escritório. Há teorias que dizem que pessoas que tendem a ser mais agressivas gostam de comidas que precisam de mais agressividade para serem destruídas."
Para alguns ouvidos, o barulho da comida crocante é ótimo. O som, na verdade, reverbera no crânio, viajando através da mandíbula até os ouvidos.
"Não sei se é o som ou o quê, mas as comidas crocantes satisfazem", diz Ruth Lincoln, comprando um produto desse tipo em Saint Louis (oeste dos EUA).
Para desenvolver a quintessência do crocante, os pesquisadores juntam dados sobre morder e mascar. A General Mills estuda coisas como "dureza da primeira mordida", ou a resistência que a comida tem antes que os dentes a penetrem, e "fraturabilidade", ou a força que é necessária para romper, por exemplo, um amendoim.
O ramo alimentício da Pepsi usou uma boca mecânica, de alumínio, para calibrar a pressão da mandíbula necessária para criar salgadinhos crocantes.

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