São Paulo, domingo, 6 de abril de 1997
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Como levantar a bola do homem?

CLEIDE FLORESTA; TATIANA REZENDE

Elas costumam dizer frases como "Nossa, nunca vi isso na minha vida"
POR CLEIDE FLORESTA E TATIANA REZENDE
Participaram do encontro desta semana a corretora de seguros Heloísa Figueiredo, 47, casada, a produtora de eventos Ana Natividade, 42, a assessora de imprensa Roberta Scatamacchia, 20, e Lúcia Grieco, 33, as três solteiras.
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Revista - O que fazer para levantar o moral do homem quando ele falha ?
Ana - Bom, o melhor negócio é não deixar "a coisa" morrer. Mas, se acontecer, pode-se inventar algumas "brincadeirinhas". Se ele for bem-humorado, reage.
Lúcia - Se não der certo, o jeito é pedir uma pizza e relaxar.
Revista - E quando ele é tímido?
Lúcia - Explicar é muito complicado. Você tem de ser mais intelectual para conversar com os tímidos, tem de conhecê-lo para saber como brincar.
Heloísa - Acho que uma brincadeira nessa hora não cai bem.
Revista - E os prepotentes?
Ana - Deles eu não levanto o moral não. Na hora em que falha, só uma olhada e um "hummm..." é o suficiente.
Roberta - Esses a gente tem de dar bronca do tipo: "Que feio"!
Lúcia - Não precisa falar nada, é só olhar com reprovação.
Revista - Quando o cara não está a fim, mas você insiste em levantar o moral dele?
Lúcia- Eu desisto, vou dormir.
Roberta- Tem de provocar, ousar, mostrar que quer mesmo.
Ana - Com certeza. O estímulo do homem é mais visual, é diferente da gente, que vai mais pelo intelecto. Um striptease ou coisas assim funcionam. Se eu tento uma coisa e vejo que ele não topou, busco outros recursos. Se vejo que não dá em nada, é porque o cara é sadomasoquista. Aí, amarro na cama e pulo em cima...
Heloísa - O que funciona é uma roupa insinuante, um bom papo.
Revista - E clichês como "Ninguém nunca me pegou assim"?
Roberta - Dizer: "Nossa, eu nunca vi isso na minha vida". Ou: "Estou com um fogo que você não acredita" funciona. Aí ele pensa: "Eu não fiz nada, e ela já está assim? Sou um garanhão mesmo". Isso levanta o ego.
Ana - Qualquer otário cai. De repente, eles viram atletas do sexo. Quando você dá um brilho na auto-estima, ele vai querer prestar mais atenção em você.
Lúcia- Esse incentivo pode vir de uma meia, de um uísque, ou dentro de um elevador.
Revista - Vocês já tentaram alguma coisa e não deu certo?
Ana- A mulher que o homem tem é uma coisa, a mulher que ele usa é outra. De repente, se você quer fazer uma coisa muito diferente, ele assusta.
Revista - O que é diferente?
Heloísa- Inventar um lugar ou colocar uma roupa mais ousada.
Ana- Existem posições e brincadeiras que com uma prostituta ele faria numa boa, mas com você não, então fica aquela coisa: papai-mamãe, frango assado e não sai disso.
Roberta - Usar uma roupa diferente ou fazer coisas fora do cotidiano, como por exemplo transar no capô do carro na serra da Cantareira. Isso sim. Não dá para aloprar demais...
Revista - E no caso de uma relação com uma pessoa bem mais velha?
Ana - Nesse caso, nem flauta de encantar cobra na Índia resolve.
Lúcia - Aquilo lá nem choque resolve. Atacar velhinho é sacanagem...

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