São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997
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PFL paulista atrai pouco apoio a Pitta em reunião

FÁBIO SANCHEZ
DA REPORTAGEM LOCAL

Marcada desde a semana passada para ser uma manifestação de apoio ao prefeito Celso Pitta, uma reunião de parlamentares do PFL paulista, ontem, entusiasmou poucos membros do partido.
Foram à reunião apenas 2 dos 6 deputados federais do PFL paulista e 1 dos 11 deputados estaduais. Também foi à reunião o prefeito de Itapetininga, José Carlos Tardeli, que estaria representando os 109 prefeitos do partido no Estado. Estiveram no encontro ainda três vereadores de São Paulo.
Apontado como beneficiário do eventual impeachment do prefeito Celso Pitta (PPB), investigado pela CPI (Comissão Parlamentar de Inquérito) dos Precatórios, o PFL tentou, com a reunião, desmentir seu interesse na saída do prefeito -quando assumiria o vice Régis de Oliveira (PFL).
A reunião foi organizada pelo presidente municipal do partido e secretário de Planejamento de Pitta, Gilberto Kassab. Kassab procurou valorizar a representatividade dos que levou ao encontro: "Viemos mostrar a posição das bancadas federal, estadual e municipal do PFL de solidariedade a Pitta".
Sólido
A maioria dos que foram ao encontro, entretanto, são políticos que já se ligaram ao malufismo em algum momento. O deputado federal Maurício Najar chegou a ser hostilizado dentro do PFL quando posicionou-se contrário à reeleição de Fernando Henrique Cardoso, bandeira do malufismo.
O único deputado estadual que foi ao encontro, Márcio Araújo, foi secretário municipal na gestão de Paulo Maluf, antecessor e padrinho político de Pitta.
O próprio Régis de Oliveira, maior atração do encontro, recusou-se a falar sobre o eventual impeachment de Pitta. Disse que perguntas sobre o assunto seriam "indiscretas" e que "o prefeito está sólido".
Najar assumiu que foi ao encontro "em nome próprio" para ser solidário a Pitta. Dentro da bancada federal de deputados do partido, aliada do PSDB, o apoio a Pitta é assumido por uma minoria.
"Esse encontro foi uma tomada de posição isolada dessas pessoas. Está longe de ser a posição do partido", disse o deputado federal João Mellão, para quem "seria até uma gentileza deles não me convidarem para isso".

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