São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997 |
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Multiplic considera 'combinação' provável
DANIEL BRAMATTI; CARI RODRIGUES
Ele negou, porém, qualquer envolvimento do Multiplic, apesar de o banco ter atuado como comprador final de um lote de 100 mil títulos de Santa Catarina. A negociação permitiu que intermediários tivessem um lucro de R$ 9,72 milhões em questão de horas. "Eu não tinha conhecimento dessa cadeia de títulos. Olhando hoje, considero provável que esse dinheiro tenha sido fruto de uma combinação, em que o lucro já estava determinado", disse ele. A declaração foi uma resposta às ironias do senador Vilson Kleinubing (PFL-SC), que citou o lucro obtido pela IBF Factoring, uma das intermediárias. "O Ibraim Borges Filho (dono da IBF e "laranja" confesso) é mais inteligente que todos os senhores. Ele lucrou R$ 6 milhões em uma hora", disse Kleinubing. Apesar das ironias, o senador demonstrou ter acreditado na versão apresentada pelo banqueiro. "Tenho convicção de que a cadeia da felicidade das corretoras não foi montada pelo último comprador", afirmou. Santa Catarina O ex-presidente do Multiplic, que comandava o banco na época das operações, procurou explicar por que razão não participou do leilão dos títulos de Santa Catarina, em vez de comprar os papéis de intermediários. "O leilão foi anunciado no dia 21 (de outubro) para receber propostas até o dia 22. Não houve tempo suficiente nem divulgação adequada", afirmou. A linha de defesa adotada pelo Multiplic foi a mesma dos demais tomadores finais, como o Bradesco e os fundos de pensão. Os dirigentes das instituições declararam ignorar a existência da cadeia de corretoras que comercializaram os títulos, elevando seu valor artificialmente. Todos também negaram ter feito maus negócios, apesar dos preços finais. (DANIEL BRAMATTI e CARI RODRIGUES) Texto Anterior: Banco propôs negócio a PE Próximo Texto: Depoimento do presidente do Bradesco racha a CPI Índice |
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