São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Requião discute com Cabral e ameaça renunciar

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os depoimentos dos representantes dos grandes bancos foram marcados pelos atritos entre o relator da CPI dos Precatórios, senador Roberto Requião (PMDB-PR), que ameaçou deixar o cargo, e o presidente da comissão, senador Bernardo Cabral (PFL-AM).
A primeira briga foi logo cedo, às 10h15, na abertura do depoimento do presidente do Bradesco, Lázaro de Mello Brandão. Requião quis interromper a leitura que Brandão fazia de um texto. O relator disse que o depoimento deveria ser oral e que o relato de algo escrito poderia ser impugnado. O pedido irritou Cabral: "Quem preside essa comissão é o presidente. Não vou abrir mão dessa prerrogativa". Somente no depoimento do presidente do Bradesco, Requião teve quatro perguntas indeferidas ou reformuladas por Cabral.
No início da noite, Requião ameaçou renunciar à relatoria da CPI. O motivo da discórdia foi um requerimento feito pelo vice-presidente da comissão, senador Geraldo Melo (PSDB-RN), para que todos os seis administradores e ex-administradores do Banestado fossem ouvidos de uma só vez.
Cabral ensaiou colocar a proposta em votação, quando foi interrompido por Requião. "Se isso acontecer, vou me retirar da comissão", disse Requião, argumentando que, até então, os depoimentos tinham sido individuais. O clima tenso só foi superado quando Melo retirou o requerimento.

Texto Anterior: Depoimento do presidente do Bradesco racha a CPI
Próximo Texto: ACM rompe com o relator
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.