São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997
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ACM rompe com o relator

DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

O presidente do Senado, Antonio Carlos Magalhães (PFL-BA), rompeu ontem com o relator da CPI dos Precatórios, senador Roberto Requião (PMDB-PR), e fez críticas ao desempenho do presidente da comissão, senador Bernardo Cabral (PFL-AM).
"Não desejo trocar nem ao menos ponderações com o relator. Assuntos da CPI só os trato com o senador Bernardo Cabral", disse.
Na última sexta-feira, Requião foi irônico ao comentar a visita feita por ACM a Paulo Maluf, prefeito de São Paulo na época em que houve irregularidades na comercialização de títulos públicos emitidos para pagar precatórios.
ACM defendeu a quebra de sigilo telefônico, bancário e fiscal dos integrantes da CPI, "até para que tenham força para inquirir pessoas de quem vão quebrar o sigilo".
ACM admitiu ter sido surpreendido com a decisão tomada pela CPI na última sexta de quebrar o sigilo dos secretários da Fazenda e das Finanças dos Estados e municípios suspeitos.
Ele não contestou o mérito da medida, mas o fato de a CPI ter descumprido decisão aprovada dois dias antes, em reunião da qual participou. "Naquela sessão, a CPI decidiu que as pessoas só teriam seus sigilos quebrados após prestarem depoimento."

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