São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997 |
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Droga do kit é usada no país
AURELIANO BIANCARELLI
O procedimento, em muitos casos, provoca danos na trompa, impossibilitando uma nova gravidez. O metotrexato, aplicado por via intramuscular, interrompe a replicação das células da placenta, impedindo danos na trompa e hemorragias que podem levar a paciente à morte. O próprio organismo acaba absorvendo o que restou da gravidez. A eficácia do remédio vem sendo comprovada em pesquisa feita pelo obstetra Julio Elito Júnior, da disciplina de obstetrícia e que dirige um serviço para gravidez ectópica na Escola Paulista de Medicina da Unifesp, Universidade Federal de São Paulo. Em 73% das 47 pacientes acompanhadas pelo serviço, a permeabilidade das trompas não sofreu danos, preservando as chances de uma nova gravidez. Do grupo acompanhado, 85% foram tratadas com sucesso apenas com a medicação. "Quando se utiliza a cirurgia -diz o médico- as chances de uma nova gravidez caem para 50%." Segundo os estudos, uma em cada cem gravidezes ocorre fora do útero e, na grande maioria dos casos, o embrião morre. O diagnóstico precoce dessa gravidez é fundamental para o sucesso do tratamento. Segundo o médico Thomaz Gollop, a gravidez tubária é mais comum em populações com alta incidência de doenças sexualmente transmissíveis e em mulheres que tiveram cirurgias anteriores na trompa. (AB) Texto Anterior: Controle só pode ser feito pela alfândega Próximo Texto: Rede funciona acima das leis e fronteiras Índice |
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