São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997
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São José elabora relatório sobre soro

DA FOLHA VALE

A Prefeitura de São José dos Campos informou que o relatório da comissão que investiga as mortes supostamente relacionadas com o uso do NPP (Nutrição Parenteral Prolongada) ocorridas no Hospital Municipal deve ser enviado amanhã ao Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo.
A comissão é composta por cinco pessoas -que representam a Vigilância Sanitária, a Vigilância Epidemiológica e o Hospital Municipal- e ficou encarregada de examinar todos os casos de morte suspeitos de terem relação com o uso do medicamento.
No hospital de São José ocorreu a morte de seis pessoas -entre elas quatro recém-nascidos-, que receberam o NPP do laboratório Tecnopharma de Campinas.
A Vigilância Sanitária de Taubaté informou que a análise dos dois casos de morte da Santa Casa de Pindamonhangaba também está em fase final e o relatório deve ser concluído ainda nesta semana.
Segundo a Vigilância Sanitária, a Santa Casa de Pindamonhangaba agiu corretamente nos casos dos bebês e foi aprovado na investigação epidemiológica.
As regionais da Vigilância Sanitária receberam protocolo padronizado para esse caso, que também está sendo usado para apurar os casos de morte em Campinas.
Os relatórios enviados ao Centro de Vigilância Sanitária de São Paulo serão comparados com o resultado da análise das amostras de NPP da Tecnopharma, que devem ficar prontos nessa semana.
A Prefeitura de São José dos Campos informou ontem que o NPP usado pelo Hospital Municipal não é fabricado no laboratório Farmoterápica de Campinas, que foi interditado na sexta-feira.
A Farmoterápica é outra empresa que teve o NPP suspenso pela Vigilância Sanitária nos hospitais de Campinas após o problema com o laboratório Tecnopharma.
A prefeitura informou que a Vigilância Sanitária garantiu à secretária da Saúde de São José, Quintina Domingues, que o laboratório da Farmoterápica de São Paulo foi recentemente aprovado.
Laboratório
A assessoria da empresa Farmoterápica informou que o laboratório de São Paulo que fornece o NPP (Nutrição Parenteral Prolongada) ao Hospital Municipal de São José dos Campos foi inspecionado e aprovado há duas semanas pela Vigilância Sanitária.
Segundo a empresa, o que motivou a Vigilância Sanitária a interditar o laboratório de Campinas foi uma infiltração na parede do almoxarifado e um "desentendimento" quanto ao nível de poluição ambiental do laboratório.
A empresa informou que a infiltração não compromete a qualidade do NPP, que não é produzido no almoxarifado e recebe três embalagens de proteção.

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