São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

Empresário acusado de matar 2 em SP tem a prisão decretada

JOSÉ ALBERTO BOMBIG

JOSÉ ALBERTO BOMBIG; FLÁVIA NOGUEIRA
EDITOR-ASSISTENTE DA FOLHA RIBEIRÃO

Advogado diz que tiros foram dados em legítima defesa

FLÁVIA NOGUEIRA
A Justiça de Ribeirão Preto (319 km a norte de SP) decretou ontem a prisão temporária do empresário Marcelo Cury, acusado de matar duas pessoas em frente à choperia Albano's, na zona sul da cidade.
Cury, que é filho do usineiro Nélson Cury, é acusado do assassinato do representante comercial Marco Antônio de Paula, 29, e do comerciante João Falco Neto, 34.
O crime ocorreu por volta das 20h do último sábado, após uma discussão entre o acusado e as vítimas, em um tradicional reduto de bares e casas noturnas de Ribeirão.
Falco Neto, que estava internado na unidade de emergência do Hospital das Clínicas, morreu ontem por volta das 12h.
Ele levou um tiro na cabeça, segundo o hospital. Uma terceira vítima dos tiros, Sérgio Coelho, 35, permanece internada no HC.
Marco Antônio de Paula morreu no sábado, logo após ter recebido sete tiros de uma pistola.
A prisão temporária foi decretada pelo juiz Luiz Augusto Freire Teotônio, da Vara de Execuções Criminais. "A medida tem o objetivo de ajudar na investigação do caso, já que ele está foragido."
Segundo a polícia, que solicitou a prisão, Cury está foragido desde sábado. A arma do crime está desaparecida.
O advogado do acusado, Said Hallah, nega que seu cliente esteja foragido. Ele disse que irá recorrer à Justiça contra a prisão temporária decretada ontem.
Segundo Hallah, a polícia não tem "bases legais" para decretar a prisão temporária de Cury. Ele disse que o empresário poderá se apresentar à polícia hoje.
"A família está abalada e está isolada em retiro", disse o assessor da Usina Maringá, em Araraquara, João Pereira Pinto.
Ontem, a polícia ouviu o depoimento do estudante Fabiano Tamburus, 22, que estava com Cury no momento do crime. Tamburus disse que ele e Cury foram ameaçados e espancados pelas vítimas.
A polícia pretende ouvir hoje o depoimento de Coelho, que até ontem estava internado no HC.

Texto Anterior: Quinhentos anos de bandeirismo e banditismo
Próximo Texto: Detentos ameaçam explodir cadeia na BA
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.