São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997
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Nova tarifa eleva ações de elétricas em 4%

LUIZ ANTONIO CINTRA
DA REPORTAGEM LOCAL

Ontem foi a vez das ações do setor de energia dispararem por causa da expectativa de reajuste das tarifas do setor, como ocorreu com os papéis da Telebrás na semana passada.
As ações da Cesp foram ainda mais longe: subiram 7,4%, enquanto as ações da Eletrobrás tiveram alta de 4,4%.
Ainda que as cotações das elétricas estivessem na frente em termos de variação, o mercado continuou aquecido para a Telebrás PN.
A estatal registrou alta de 1,2%. Segundo operadores, alguns investidores vendidos no mercado de opções ainda estavam correndo atrás do prejuízo, inflando assim a demanda pelo papel.
Câmbio
No mercado de dólar, o dia foi calmo, com as cotações recuando no mercado futuro.
No mercado à vista, o Banco Central realizou leilão de spread, redefinindo o piso e o teto da minibanda de variação do dólar.
Desde ontem, o dólar comercial pode oscilar entre R$ 1,0575 e R$ 1,0625. A correção ficou abaixo do esperado pelo mercado.
Nova York
A queda no rendimento pago pelos títulos norte-americanos de 30 anos fez a Bolsa de Valores de Nova York operar ontem em alta.
As ações das empresas do setor de alta tecnologia foram as que tiveram o melhor desempenho, puxando o índice Dow Jones.
A demanda em grande medida foi provocada pelos investidores que acreditaram que as ações ficaram baratas depois da queda registrada na semana passada.
No final do dia, o Dow Jones fechou com alta de 0,46%, mas depois de registrar valorização de até 0,97% com relação a sexta-feira.
No caso dos títulos da dívida norte-americana de 30 anos, o rendimento recuou de 7,12% ao ano, na sexta-feira, para 7,07%.
Segundo operadores, o mercado deve viver alguns dias de calmaria, ao menos até sexta-feira, quando novos indicadores sobre o ritmo da economia dos EUA devem ser divulgados. Os índices que devem mexer com o mercado nesta semana são os relativos à variação dos preços no atacado e no varejo.

E-mail: mercado@uol.com.br

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