São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997
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Treinador põe e tira Calcinha

MÁRIO MAGALHÃES

em Santa Cruz do Capibaribe (PE)
A repercussão do acordo do técnico Rubinho com o Ypiranga custou ao clube gozação por todo o Estado. "Cadê as calcinhas?", perguntam, aos gritos, os rivais.
O time leva tudo na brincadeira. Seus torcedores, porém, já conseguiram uma pequena vingança: o Socremo, da Paraíba, escalou em partida contra o Ypiranga um jogador conhecido como Calcinha.
Houve frenesi quando o jogador foi substituído: "O técnico tirou Calcinha", berravam radialistas.
Cidade castigada pelas secas frequentes, Santa Cruz do Capibaribe transformou-se na década de 70 num grande centro têxtil, baseado em confecções de garagem.
Feira
Elas tornaram desprezível o índice de desemprego, mas os salários são baixos e há ampla exploração de mão-de-obra infantil.
Forasteiros compram na Feira da Sulanca calcinhas de lycra por R$ 0,80, além de outras mercadorias.
O evento é chamado assim porque anos atrás sulanca eram os produtos feitos com restos de tecidos. Hoje há mais sofisticação, contudo o nome ficou.
(MM)

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