São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997
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Dupla era DJ do Heavenly Social

CAMILO ROCHA
ESPECIAL PARA A FOLHA

No andar de cima de um pub fedido começou há três anos um clube especial. O Heavenly Social Sunday era a casa dos Chemical Brothers, os DJs residentes. Era música de festa alta, abrangendo de rock a tecno a rap, lotado de gente movida a uma combinação de muito álcool e "poppers" (primo do lança-perfume).
O clube ficou famoso e seu espírito choperia do inferno foi considerado por muitos como um contraponto terráqueo necessário à hipnose cyber da combinação tecno/ecstasy.
Mas nem só de gandaia vivia o Social, como ficou conhecido. Ali floresceu uma nova cena de talentos. A "discotecagem" eclética dos Chemicals, mais suas próprias músicas dominadas por batidas de hip hop massudas, repiques de bateria orgásmicos e sons ácidos trêmulos, serviu de trampolim para novas fusões.
Dessa cena despontaram bandas como Fatboy Slim, Bentley Rhythm Ace, Dub Pistols, Monkey Mafia e Death in Vegas.
O espírito do Social pode ser ouvido em coletâneas como os dois volumes de "Live at the Social", os dois de "Brassic Beats", os dois de "Hardhop Trypno" e os álbuns de estréia do Fatboy Slim ("Beter Living Through Chemistry") e do Death In Vegas ("Dead Elvis").
(CR)

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