São Paulo, terça-feira, 8 de abril de 1997
Texto Anterior | Próximo Texto | Índice

ASC, o shopping da Ática, abre em maio

LUIZ ANTONIO DEL TEDESCO
ESPECIAL PARA A FOLHA

Há dois anos, as editoras Ática e Scipione decidiram implantar em São Paulo um "novo conceito de varejo".
Quebraram seus cofrinhos, reuniram US$ 25 milhões e inauguram no próximo dia 25 de maio, na rua Pedroso de Morais, em Pinheiros (zona oeste de São Paulo), o Ática Shopping Cultural (ASC), que tem como slogan "o primeiro shopping de cultura e lazer de São Paulo".
Com sete andares (dois de garagens) e 8.000 mil m2, a loja terá 100 mil títulos nacionais e estrangeiros, 74 mil álbuns musicais, 1,6 mil títulos em CD-ROM e uma franquia Fran's Café. Para dar conta do recado, os sete andares vão contar com 242 funcionários.
O projeto não pára aí. O shopping é a célula-mãe que vai coordenar uma rede de lojas-satélite, que serão instaladas na Grande São Paulo.
Três serão inauguradas ainda neste ano -São Caetano, shopping Jardim Sul e shopping Metrô-Tatuapé.
Atitude
Antônio Nicolau Youssef, 44, diretor executivo do ASC, conta que a designação "shopping cultural" foi uma atitude.
O objetivo, explica, é mostrar que "não há antagonismo entre elite e popular, ou entre shopping e cultura".
"O novo empreendimento não quer ter cara de 'livraria de intelectual'", diz.
"Queremos ter a ousadia de falar para todo mundo" , completa o diretor.
O crescimento do catálogo vivo -o que as editoras têm condições de colocar à venda- brasileiro foi uma das razões que levaram à construção do ASC.
Segundo Youssef, há dez nos, esse catálogo contava com, aproximadamente, 10 mil títulos.
"Hoje, são mais de 85 mil", diz. Mercearia A partir disso, ele pergunta: "Como é a rede de varejo atualmente encarregada de distribuir isso tudo?".
Ele mesmo responde: "Equivale a um conjunto de mercearias".
Segundo ele, o novo shopping pretende ocupar um espaço até então inexplorado no comércio de cultura e lazer.
O projeto arquitetônico também buscou integrar, não excluir, diz Youssef.
Em vez de paredes, a primeira idéia, a fachada será inteira de vidro.
As oito escadas rolantes dão acesso aos três andares acima do solo permitem que se veja a praça que fica em frente ao imóvel. A área, que estava abandonada, foi reurbanizada pelo shopping.
Dentro da loja, os assuntos serão organizados em setores ou andar específicos.
A literatura infanto-juvenil terá um andar exclusivo, com área de lazer par crianças. Os subsolos serão garagens.
Na área destinada à música -um andar inteiro-, o cliente terá 132 pontos de áudio para ouvir CDs pré-selecionados, além do "listening bar", onde ele leva o CD que quer ouvir.
Youssef acredita que, para ter sucesso, o shopping precisará ser visitado por 2.000 pessoas diariamente.

Texto Anterior: Pagode destoa do conjunto
Próximo Texto: Cultura inaugura a quarta loja
Índice


Clique aqui para deixar comentários e sugestões para o ombudsman.


Copyright Empresa Folha da Manhã S/A. Todos os direitos reservados. É proibida a reprodução do conteúdo desta página em qualquer meio de comunicação, eletrônico ou impresso, sem autorização escrita da Folhapress.