São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997
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Vendas de agrotóxicos aumentam 26%

DA REPORTAGEM LOCAL

A venda de agrotóxicos em fevereiro deste ano aumentou 26,16% em relação a fevereiro de 96, segundo a Andef (Associação Nacional de Defesa Vegetal).
Foram vendidos US$ 88 milhões, contra US% 69,7 milhões, em fevereiro de 96.
A venda de herbicidas teve um aumento de 35% em relação a fevereiro do ano passado.
Segundo a Andef, esse aumento se deve principalmente ao uso de produtos pós-emergentes na soja e incorporação de tecnologia na cana-de-açúcar e no milho safrinha.
Os inseticidas cresceram 29,41% em fevereiro em relação ao mesmo período do ano passado, devido ao uso nas culturas de feijão, fumo, batata, café e soja.
No primeiro bimestre, as vendas de agrotóxicos aumentaram 22% em relação a 96.
Newton Washington Jr., diretor da área agrícola da Novartis, líder do mercado de defensivos agrícolas, esse aumento verificado nos dois primeiros meses do ano é apenas "um indicativo positivo" sobre o crescimento do mercado.
Até fevereiro, foram vendidos US$ 170 milhões em agrotóxicos.
"A maior parte das vendas ocorre entre julho e novembro", afirma Washington Jr..
No ano passado foram vendidos US$ 1,7 bilhão, cerca de 10% a mais que em 95.
Medida Provisória
Em relação à recente medida provisória (MP) que restringe o financiamento de importações, José Carlos Vieira Machado, gerente-geral de finanças da Zeneca, acredita que há a possibilidade de aumento dos preços dos defensivos.
"As empresas estão tentando mostrar para o governo que não tem sentido restringir a importação dos princípios ativos dos agrotóxicos, que não são produzidos no Brasil", afirma Machado.
"Tem que haver uma diferenciação entre o que é e o que não é produzido no Brasil", diz. Segundo ele, a indústria de agrotóxicos repassa o financiamento obtido na importação ao produtor rural.

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