São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997 |
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Cabral critica Requião e ACM e vê 'poço de vaidades' 'Não aceito interferência', diz presidente da comissão LUCIO VAZ
"Não aceito interferência de nenhum tipo. Já tenho bastante idade. Não vou permitir isso. Não vou me meter na briga dos senhores Requião e Antonio Carlos. Como presidente da CPI, vou manter a independência", afirmou. Reclamou da troca de acusações entre o relator da comissão e o presidente do Senado: "Isso aqui é um poço de vaidades. O Requião reclamou para mim: 'O ACM está incomodado porque eu estou aparecendo mais do que ele"'. ACM criticou a decisão da CPI de quebrar o sigilo bancário dos secretários de finanças dos Estados e municípios e afirmou que os integrantes da Comissão Parlamentar de Inquérito deveriam abrir mão do seu sigilo bancário. Segundo o senador baiano, a CPI não cumpriu o acordo com ele para que só fosse quebrado o sigilo de pessoas que já tivessem prestado depoimento. Na semana passada, o presidente do Senado já havia declarado que a CPI cometia "excessos" e que alguns de seus integrantes buscavam apenas "sensacionalismo". Ele participou de uma reunião e tentou impor limites à comissão. Cabral acha que ACM deveria agir politicamente, em vez de fazer declarações contra a comissão: "O ACM fica falando. Por que ele não manda o pessoal dele para a CPI para impedir a quebra de sigilo?" O presidente da comissão também considera que ACM foi inábil ao comentar publicamente os resultados da sua participação na reunião secreta da CPI. "Já estava tudo acertado. O Requião ficou irritado porque o Antonio Carlos disse que tinha enquadrado a CPI. Ninguém enquadra o Requião. Ele é irrequieto mesmo", disse Cabral. O comportamento do relator também sofreu reparos de Cabral. Ele lamentou que o peemedebista tenha ameaçado renunciar porque os diretores do Banestado seriam ouvidos em conjunto. "Se ele (Requião) renunciasse, o Serra assumiria na hora", afirmou Cabral. Ele considerou que o relator estava preocupado com a questão regional durante o depoimento do presidente do Banestado, Tarço Murta Ramalho, anteontem. O líder do PMDB, Jader Barbalho (PA), integrante da CPI, procurou minimizar as declarações de ACM. Disse que sua colaboração é importante para a CPI. "Temos que manter um bom entrosamento." Requião também procurou evitar um novo confronto com ACM. "Se precisarmos de uma prorrogação por 90 dias, teremos todo o apoio do presidente do Senado. Mas acho que não será necessário", afirmou. Texto Anterior: STJ anula decreto de prisão de Rainha e outros líderes do MST Próximo Texto: As trombadas na CPI Índice |
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