São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997
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Pena dos 11 PMs acusados pode chegar a 54 anos

CRISPIM ALVES
DA REPORTAGEM LOCAL

Os 11 policiais militares que foram presos na semana passada acusados de promover orgias nas instalações da 2ª Companhia do 26º Batalhão da PM (Mairiporã, Grande São Paulo) podem pegar até 54 anos de prisão.
Eles devem ser denunciados pelo Ministério Público sob as acusações de estupro, atentado violento ao pudor, corrupção de menores e atos de libidinagem.
Entre os presos estão dois sargentos, cinco cabos e seis soldados. Um dos policiais trabalhava no 7º Batalhão da PM (centro de SP). Eles foram denunciados por três garotas, duas delas menor.
Ontem, o juiz José Álvaro Machado Marques, da 4ª auditoria do TJM (Tribunal de Justiça Militar), prorrogou por mais cinco dias, a partir de hoje, a prisão temporária dos policiais, que estão no presídio Romão Gomes (zona norte).
Caso as denúncias feitas pelas garotas não sejam comprovadas, apesar de existirem fotos, os policiais responderão processo apenas por atos de libidinagem. Nesse caso, a pena varia de seis meses a um ano, multiplicada pelo número de dias em que as orgias ocorreram.
A Folha apurou que as "festas" regadas a sexo e bebidas na 2ª Companhia do 26º aconteciam a pelo menos três meses, em todas as noites que os policiais envolvidos estavam de plantão.

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