São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997 |
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11 acusados depõem hoje na Assembléia
DA REPORTAGEM LOCAL Depois de uma disputa política entre deputados estaduais, o depoimento dos 11 policiais militares envolvidos no caso de Diadema à CPI do Crime Organizado foi confirmado para hoje, às 10h, no plenário da Assembléia Legislativa.Ontem à tarde, o presidente da casa, deputado Paulo Kobayashi (PSDB), informou, por intermédio de sua assessoria, que o local dos depoimentos teria de ser transferido para o presídio Romão Gomes (zona norte) -onde estão detidos os PMs- por falta de segurança no prédio da Assembléia. A informação irritou o deputado Afanásio Jazadji (PFL), presidente da CPI do Crime Organizado, que ainda ontem pela manhã havia recebido telex do juiz-auditor de execuções criminais Paulo Roberto Marafante confirmando a ida dos 11 policiais à Assembléia. "Se eles não conseguem garantir a segurança dentro da Assembléia, é uma demonstração de incapacidade. Se for isso, é preciso fechar a PM", disse Jazadji. O coronel Roberto Lemes, que comanda o policiamento dentro da Assembléia, disse que o prédio não tem estrutura para esse tipo de depoimento. "A Assembléia não ofereceria segurança para jornalistas e deputados." Pelo menos dois deputados que participam da CPI de Diadema, Rosmary Corrêa e Carlos Sampaio, concordaram com Lemes. "Acho que o prédio da Assembléia não oferece condições para um depoimento que pode ser um chamariz de manifestações populares", disse Rosmary. Reunião Na noite de anteontem, Jazadji e Kobayashi se reuniram para acertar detalhes sobre os depoimentos dos PMs. Há duas versões sobre a conversa. O presidente da CPI diz que eles só discutiram se o número de poltronas no plenário seria suficiente para acomodar todas as pessoas. Já assessores de Kobayashi disseram que Jazadji foi avisado do problema de segurança. No final da tarde, alguns líderes de partidos estavam reunidos para tratar do assunto. O presidente da Assembléia não falou à reportagem, mas sua assessoria informou, às 19h, que os depoimentos estavam confirmados para o prédio da Assembléia. Texto Anterior: Lisboa nega à CPI conhecimento de vídeo Próximo Texto: Erasmo Dias diz que foi vítima de violência policial Índice |
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