São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997 |
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Maioria esteve na 'blitz' em vez de policiar rua
FABIO SCHIVARTCHE
Destes, um executava serviços de escritório. Outro, estava de plantão no Hospital Municipal de Diadema. Os outros 11 participaram da "blitz". "E o resto da área coberta pela 2ª Companhia estava jogada às traças", disse o deputado Elói Pietá (PT), integrante da CPI de Diadema, que requisitou e pesquisou as informações nos prontuários diários de cada companhia da PM. Segundo o relatório, que foi apresentado ontem durante reunião da CPI de Diadema, durante as 24 horas do plantão somente 20 dos 90 policiais da 2ª Companhia trabalharam nas ruas. Pietá informa que esse número reflete a realidade do policiamento nas três companhia de Diadema. Burocracia "Cerca de 44% dos homens trabalham na rua, fazendo o policiamento preventivo e garantindo a segurança da população. Mas a maioria está alocada em funções de gabinete, demonstrando a alta burocratização da polícia paulista. E esses dados mostram só a ponta do iceberg que estamos descobrindo", disse o deputado. Segundo Pietá, a situação é ainda pior quando se considera que em Diadema não há falta de carros de polícia. "Lá, muitos PMs fazem patrulha em viaturas solitárias", disse o deputado. O método, utilizado em diversos Estados dos Estados Unidos, consiste em deixar cada policial em um carro. No Brasil, é mais comum haver, pelo menos, dois policiais em cada carro. Surpresa O secretário da Segurança Pública, José Afonso da Silva, disse estar surpreso com os números apresentados. "Há funções de apoio ao policiamento de rua que são essenciais. Mas esses dados são dignos de ser examinados e apurados, pois o pequeno número de policiais na rua deve estar sendo repetido em outros lugares", disse Silva. (FS) Texto Anterior: Erasmo Dias diz que foi vítima de violência policial Próximo Texto: 19 policiais depõem hoje na Assembléia Índice |
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