São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997
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19 policiais depõem hoje na Assembléia

DA REPORTAGEM LOCAL

Depois de uma disputa política entre deputados estaduais, o depoimento dos policiais militares envolvidos no caso de Diadema à CPI do Crime Organizado foi confirmado para hoje, às 10h, no plenário da Assembléia Legislativa.
No total, serão ouvidos 19 PMs. Além dos PMs que praticaram as arbitrariedades em Diadema, também serão colhidos os depoimentos de seus chefes na corporação.
Ontem à tarde, o presidente da casa, deputado Paulo Kobayashi (PSDB), chegou a informar que o local dos depoimentos teria de ser transferido para o presídio militar Romão Gomes (zona norte) -onde estão detidos os PMs envolvidos diretamente nas ações em Diadema- por falta de segurança no prédio da Assembléia.
A informação irritou o deputado Afanásio Jazadji (PFL), presidente da CPI do Crime Organizado, que ainda ontem pela manhã havia recebido telex do juiz-auditor de execuções criminais Paulo Roberto Marafante confirmando a ida dos 11 policiais à Assembléia.
"Se eles não conseguem garantir a segurança dentro da Assembléia, é uma demonstração de incapacidade. Se for isso, é preciso fechar a PM", disse Jazadji.
Kobayashi chegou a pedir em ofício a Marafante que o local do depoimento fosse transferido. Mas Marafante não acatou o pedido de Kobayashi.
"O juiz não foi sensato", disse o presidente da Assembléia. "Acho errada e perigosa essa decisão.'
Para garantir a segurança na assembléia, Kobayashi pediu reforço de policiamento. "Se preciso, chamamos a tropa de choque da PM. Ouvi dizer que dez ônibus de Diadema viriam à Assembléia."

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