São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997 |
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Empresa vai criar protótipo de fura-fila
ROGÉRIO GENTILE
A empresa que ganhar a concorrência pública aberta pela secretaria vai definir também o traçado das linhas e os imóveis que precisarão ser desapropriados. O contrato terá validade por 24 meses e está estimado em R$ 7,5 milhões (valor máximo). A licitação foi lançada antes mesmo de o projeto de lei que cria o fura-fila ser votado na Câmara. Isso ocorreu porque o prefeito Pitta possui o apoio da maioria dos vereadores (36 dos 55 votos) e sabe que a proposta vai ser aprovada. Foi realizada na manhã de ontem a primeira audiência pública para a discussão do projeto. Transparência O vereador Vicente Cândido da Silva (PT) diz que o edital possui fortes indícios de que foi "dirigido". Segundo o parlamentar, ele teria sido preparado para a vitória de uma determinada empresa. "No edital, a prefeitura exige que os interessados tenham larga experiência internacional, mas impede que estejam associados a empresas estrangeiras", diz. O vereador critica também o fato de o edital exigir que os interessados tenham um capital mínimo de R$ 600 mil. "Pouquíssimas empresas de consultoria, capacitadas para o serviço, conseguem cumprir essas exigências." Francisco Christovam, presidente da SPTrans (empresa municipal que gerencia o transporte coletivo), diz que as acusações do vereador são improcedentes. "Muitas empresas nacionais têm condições de participar da concorrência", afirma. Segundo ele, o edital foi preparado seguindo o determinado pela legislação. "O capital exigido está abaixo do máximo determinado pela lei, que exige que seja de até 10% o valor do contrato." Christovam diz que a licitação está seguindo de forma transparente. "Tanto que fizemos audiências com os interessados para informá-los sobre todos os dados que temos do fura-fila. Ninguém tem informação privilegiada." (RG) Texto Anterior: Lei não é clara, diz secretário Próximo Texto: Líder do MST fala a sem-teto em SP Índice |
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