São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997 |
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Fiesp critica alta de energia
DA REPORTAGEM LOCAL O reajuste das tarifas de energia deve anular, para alguns setores da economia, os efeitos da redução dos custos das ligações interurbanas e internacionais.Essa é a opinião do diretor do Departamento de Infra-Estrutura da Fiesp (Federação das Indústrias do Estado de São Paulo), Carlos de Paiva Lopes. Teoricamente, as empresas serão beneficiadas com as reduções das tarifas telefônicas internacionais (16,58%, já em vigor) e interurbanas (31,7%, a partir de 19 de junho), anunciadas na sexta-feira pela Telebrás. Mas, segundo Lopes, os benefícios dessas reduções serão limitados em setores como o siderúrgico, no qual a energia é um componente de peso na definição dos custos de produção. Ontem o governo anunciou reajustes médios de 9,921% nas tarifas de energia elétrica (em São Paulo, o aumento será de 9,78%). Lopes afirma também que a concentração de reajustes em um determinado período dificulta os esforços da indústria para reduzir o chamado "custo Brasil". "Acredito que novos aumentos em um curto espaço de tempo podem comprometer a competitividade das empresas do país." O diretor-executivo da Abrace (Associação Brasileira de Grandes Consumidores Industriais de Energia), Paulo Ludmer, concorda com Lopes. Segundo ele, os aumentos de telefone e energia são mais um componente que retira competitividade das empresas. "Em certos setores, a conta de energia elétrica corresponde a 40% do custo de produção." "Para alguns será impossível produzir sem ter prejuízo", afirma Ludmer. Texto Anterior: Tarifas pressionam inflação já neste mês Próximo Texto: Tarifas pressionam inflação por 4 meses Índice |
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