São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997
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Pobreza na AL cai, mas atinge 200 milhões

DA REPORTAGEM LOCAL

Duzentos milhões de pessoas vivem na pobreza na América Latina, apesar de o percentual ter caído de 41% para 39% entre 1990 e 1994, segundo a Cepal (Comissão Econômica para a América Latina e o Caribe).
O relatório "Panorama Social", realizado anualmente pela Cepal, foi divulgado ontem, em São Paulo, durante a primeira Conferência Regional de sequência à Cúpula Mundial do Desenvolvimento Social. O desemprego é apontado como a principal causa da pobreza.
O relatório diz ainda que as microempresas são as principais empregadoras. Informa também que a renda dos 10% mais ricos na América Latina continua aumentando e os 40% mais pobres permanecem na mesma situação.
Otimismo
Os ministros do Trabalho da Argentina e do Uruguai, José Armando Figueroa e Ana Lia Piñeyrua, estão otimistas em relação à redução de desemprego em seus países.
Os dois participaram ontem, em São Paulo, do "Seminário Internacional sobre Emprego e Relações de Trabalho".
Figueroa espera crescimento de 3% no número de empregos neste ano. Em março de 1997, a taxa de desemprego atingiu 17,3%.
O ministro afirmou que o PIB (Produto Interno Bruto) argentino deve crescer 5% em 1997. Para ele, essa taxa garante novos postos de trabalho no país.
Os contratos temporários também estão nos planos de Figueroa. Ele disse que toda alternativa para aumentar a oferta de mão-de-obra na Argentina é válida.
A ministra uruguaia aposta numa comissão criada entre governo, sindicatos e empresários para reverter o desemprego no país.
A comissão oferece treinamento e seguro-desemprego aos trabalhadores. A taxa de desemprego do Uruguai, segundo Piñeyura, gira em torno de 13% e deve cair para 8% neste ano.

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