São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997 |
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Alimentos e bebidas podem subir
FÁTIMA FERNANDES
Os preços das bebidas podem subir entre 4% e 5%, e os alimentos ficariam de 7% a 10% mais caros. As novas regras baixadas pelo governo exigem as importações financiadas por prazos inferiores a 360 dias tenham o contrato de câmbio liquidado no desembarque da mercadoria. A Casa Prata calcula que essa medida vai provocar aumentos de 4% a 10% nos custos dos produtos adquiridos no exterior. Rubens Caporal, diretor da loja, diz que os preços deverão subir gradualmente a partir do segundo semestre, com a chegada de nova remessa de produtos. Caporal conta que a Casa Prata tinha prazo de até 120 dias para efetuar o pagamento das compras feitas no exterior. "Vamos importar produtos que têm giro mais rápido." A Casa Prata importa bebidas da Europa e do Mercosul. Os alimentos vêm do Chile e dos EUA. Os aumentos de preços, diz, devem provocar queda nas vendas e, por essa razão, a empresa deve reduzir em 20% o volume de importação, sobretudo a de bebidas. Sem efeito A rede de supermercados Paes Mendonça, que tem 40 lojas no país, informa que não vai alterar sua política de importação. Sosthenes Borges, gerente, diz que a rede já pagava à vista pelos produtos trazidos do exterior, que, no ano passado, representaram 5% do faturamento da empresa, de US$ 1,1 bilhão. "Vamos, sim, aumentar as importações", afirma Borges. A Casa Santa Luzia, que tem 50% do faturamento representado pela linha de importados, também não vai alterar a sua política de compras externas. Jorge da Conceição Lopes, sócio-diretor, também paga à vista a importação. Por essa razão, o supermercado deve manter ou até aumentar as compras realizadas no mercado internacional. Para a Brasif, que importa produtos para serem comercializados em free shops, as novas medidas de restrição às importações não provocaram efeito. É que a empresa já tem autorização para importar em consignação e efetuar o pagamento aos fornecedores a partir da realização da venda. Texto Anterior: Governo espera exportar mais US$ 1,8 bi Próximo Texto: Balança comercial abre o mês com déficit Índice |
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