São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997
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Balança comercial abre o mês com déficit

DENISE CHRISPIM MARIN
DA SUCURSAL DE BRASÍLIA

Os dados da primeira semana de abril (quatro dias úteis) apontaram déficit de US$ 170 milhões na balança comercial -importações de US$ 978 milhões menos exportações de US$ 808 milhões.
A informação foi dada ontem pelos secretários de Política Econômica do Ministério da Fazenda, José Roberto Mendonça de Barros, e do Comércio Exterior do MICT, Maurício Cortes.
Se mantido esse resultado até o fim de abril, o saldo será de cerca de US$ 900 milhões negativos no mês e elevará o déficit da balança comercial neste ano a US$ 3,950 bilhões.
Efeitos do fim do ICMS
Segundo Cortes, o governo espera aumentar nos próximos meses os embarques agrícolas, cuja safra deverá superar em 5% a de 1996 e ser favorecida pela isenção do ICMS (Imposto sobre a Circulação de Mercadorias e Serviços) e por melhores preços.
O governo espera acréscimo de US$ 1,820 bilhão nas exportações de sete setores que serão favorecidos com a isenção de ICMS em 97, disseram os dois secretários.
Todos os setores pesquisados exportam produtos básicos ou semimanufaturados -café em grãos, celulose, metais e pedras preciosas, ouro semimanufaturado, soja, frutas frescas e pescados.
O cálculo foi realizado por entidades representativas dos sete setores.
Houve queda nas exportações no período para a União Européia (-0,66%) e para a Ásia (-13,22%).
Mas são as importações que tiram o sono dos técnicos do governo. "Deixar de importar US$ 1 é tão bom quanto exportar US$ 1", afirmou Mendonça de Barros.
Argentina
O governo pretende ver as exportações para a Argentina aumentarem 28% neste ano, impulsionadas pelo crescimento esperado de 5% na economia local.
Em 1996, os embarques brasileiros para o país vizinho aumentaram na mesma proporção.
Para Mendonça de Barros, entretanto, esse fato não deve ser suficiente para reverter a estimativa de déficit de US$ 489 milhões no comércio bilateral com a Argentina em 97 (foi de US$ 481 milhões em 96).
O país vizinho absorveu 12,47% do total das exportações brasileiras no primeiro trimestre.

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