São Paulo, quarta-feira, 9 de abril de 1997 |
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Livro mostra como nas artes plásticas modernas 2 X 2 = 5 'Trama das Imagens' analisa rupturas visuais deste século CASSIANO ELEK MACHADO
Paulo Menezes apresenta hoje uma interpretação minuciosa desse cálculo. No livro "A Trama das Imagens", que será lançado hoje, no Museu da Imagem e do Som, o professor de sociologia da arte da USP pretende mostrar os elementos que "fazem da modernidade nas artes plásticas algo completamente diferente de tudo que existiu até agora". Logo na introdução, Menezes oferece dois traçados metodológicos como pontos de partida para a pesquisa das artes visuais: uma análise externa e uma interna dos fenômenos artísticos. A primeira enxerga a obra de arte como "expressão de sistemas, estruturas ou processos que se situam em outro lugar do universo social". Por essa trilha, de acordo com o sociólogo, caminham autores como Arnold Hauser e Roger Bastide. A segunda vertente enxerga nas obras de arte uma autonomia que lhes permite ser portadora de sentido -que não pode ser encontrado em outras dimensões do social. Seguindo um trajeto próximo ao desse grupo, Menezes analisa as obras como produtos individuais e expressões do modo como uma sociedade se concebe visualmente. Para acompanhar a "trama das imagens" deste século, o autor organiza um passeio em torno dos movimentos modernistas. Ao lado de um perfil minucioso de correntes como o futurismo, o cubismo, o construtivismo, o suprematismo e o surrealismo, Menezes pontua algumas das obras que participaram com mais vigor nesse itinerário. Um dos melhores exemplos é "Fonte", urinol que Marcel Duchamp expôs em 1917 e que provocou, de acordo com o autor, a entrada da modernidade visual. Livro: A Trama das Imagens Autor: Paulo Menezes Lançamento: Edusp Quando: hoje, a partir das 19h Onde: Museu da Imagem e do Som (av. Europa, 158, tel. 853-1498) Preço: R$ 27 (296 páginas) Texto Anterior: Tapa desmascara a hipocrisia familiar Próximo Texto: Espetáculo aborda 'assimetrias urbanas' Índice |
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