São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997
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Mantendo as aparências; Maluf na mira; Fonte suspeita; Só isso?!; Semana quente; Uma no cravo...; ...outra na ferradura; Horário nobre; Jogador de pôquer; Não tem bobo; Pedra fora do caminho; Vai faltar candidato; Poder de fogo; Teta extra; Vestindo a camisa; Choro dos excluídos

Mantendo as aparências
A convenção do PPB hoje em São Paulo ocorre em clima de velório, apesar da festa forçada. Os principais malufistas já deram adeus ao sonho presidencial do chefe. Realistas, dizem que será difícil brigar com Covas em 98.

Maluf na mira
Estrategistas do malufismo acham que a principal base para um projeto presidencial, São Paulo, está seriamente avariada. Crêem que Pitta sai da CPI dos Precatórios, no mínimo, com a imagem de quem não sabia o que ocorria debaixo de seu nariz.

Fonte suspeita
A Receita Federal, que pode multar Pitta em R$ 200 mil por "imperfeições" em sua declaração de renda, prestará atenção para saber de onde sairá o dinheiro do prefeito paulistano para pagar a eventual punição.

Só isso?!
Apesar da CPI dos Precatórios, o PFL paulista prefere uma aliança com Maluf a Covas na disputa pelo Bandeirantes em 98. O partido já deu a senha, ao dizer que o pepebista só precisa aceitar a reeleição de FHC.

Semana quente
Ato ecumênico dos sem-terra programado para a praça dos Três Poderes é o novo motivo de discórdida entre MST e autoridades de segurança, que querem ver o rito longe do Planalto.

Uma no cravo...
O PFL comemorou o desempenho de Aécio Neves no debate do teto salarial. Teria ficado provado que os tucanos não são confiáveis para ocupar a liderança do governo na Câmara, de onde querem tirar Benito Gama.

...outra na ferradura
O PSDB comemorou o desempenho de Benito Gama no debate do teto salarial. Teria ficado provado que o pefelista titubeou como líder do governo na Câmara. E que o posto precisar ser preenchido por um tucano.

Horário nobre
A associação dos funcionários do Banco do Brasil faz a partir de amanhã campanha publicitária atacando os diretores do banco.

Jogador de pôquer
Jader Barbalho deu uma boa cartada na conversa com FHC. Ao pedir um ministério forte para os senadores do PMDB, disse que essa é a ala que tem os líderes regionais que controlam o partido. E ofereceu apoio para 98.

Não tem bobo
Tanto o PMDB da Câmara como o do Senado avaliam que o melhor barco presidencial em 98 é o de FHC. Travam duelo para ver quem melhor se posicionará na correlação de forças se o partido se aliar a PFL e PSDB.

Pedra fora do caminho
Sarney (o primeiro peemedebista a falar em apoiar a reeleição de FHC depois de aprovada a emenda) decidiu concorrer a um novo mandato de senador em 98 pelo Maranhão. Quer encerrar a carreira por onde começou.

Vai faltar candidato
Com Sarney e Maluf virtualmente afastados da sucessão presidencial de 98, só falta para FHC fechar as portas de um grande partido a Itamar. E assim abortar o sonho de mais um.

Poder de fogo
Pesquisa do Programa Nacional de Aids com 400 ONGs do setor revela que 52% delas trabalham com orçamento acima de R$ 100 mil e que 85% têm quadros de até nove pessoas.

Teta extra
Deputados estão chamando o acordo que os privilegia na reforma administrativa de "emenda (Adelmar) Sabino", diretor-geral da Câmara.

Vestindo a camisa
Após a votação da reforma administrativa, Paulo Renato (Educação) ligou para Inocêncio Oliveira. Pediu uma ficha de filiação ao PFL. Para registrar sua contrariedade com o PSDB.

Choro dos excluídos
Germano Rigotto cobrou o apoio que Michel Temer deu a Eliseu Padilha, em nome do PMDB da Câmara, para a pasta dos Transportes. É que seu nome foi um dos levados a FHC.

E-mail:painel@uol.com.br

TIROTEIO
De Ivan Valente (PT-SP), sobre FHC ter dito que a sociedade tem que decidir se quer pagar pela reforma agrária com aumento de impostos:
- É a democracia tucana. Para socorrer banqueiros, torra R$ 20 bi na calada da noite. Para a reforma agrária, que está no seu programa, quer plebiscito debaixo de chantagem.

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