São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997
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Pega malandro

FHC reuniu os líderes aliados no Planalto, na quarta-feira, para a redação final do acordo que deveria ter garantido a aprovação da reforma administrativa.
A cada mudança, Eduardo Graeff, assessor parlamentar, levava o texto para ser digitado em um computador. A parte mais polêmica era a que definia quem teria direito a receber além do limite salarial de R$ 10,8 mil.
O chefe da Casa Civil, Clóvis Carvalho, sugeriu que o texto fizesse referência aos detentores de "mandato eletivo" e ocupantes de "cargos em confiança".
O líder do PFL, Inocêncio Oliveira (PE), protestou:
- Alto lá, tem que pôr também a expressão "ministros".
Carvalho tentou argumentar:
- Os ministros já estão contidos em "cargos de confiança".
Inocêncio bateu o pé:
- Ou nos comprometemos todos, ou não vamos carregar sozinhos o ônus do acordo.
A palavra "ministros" acabou entrando no texto.

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