São Paulo, domingo, 13 de abril de 1997 |
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Vendedora se divide entre ônibus e carro Ela só sai de Escort quando gasto vale a pena ROGERIO SCHLEGEL
Daniela é uma das pessoas que puderam comprar carro por causa da estabilização econômica. Até o ano passado, não tinha condições, embora quisesse. "O dia não rendia sem carro. Larguei a faculdade porque gastava até duas horas e meia para ir de ônibus de casa, na Granja Vianna (Cotia, Grande SP), a São Bernardo (Grande SP), onde estudava", conta. No ano passado, ela juntou economias e financiou a parte que faltava para inteirar os R$ 7.300 que pagou pelo carro. Daniela trabalha no shopping Iguatemi (zona oeste de São Paulo). Até dezembro, ia trabalhar com seu carro recém-comprado, apesar de haver ônibus que a deixasse na frente do trabalho. "Tínhamos a facilidade de estacionar gratuitamente, e o uso do carro compensava. Gastava R$ 3 por dia de gasolina. Aí, cortaram o estacionamento grátis." Daniela diz que estacionamento mensal próximo ao shopping custa R$ 120, por isso passou a ir de ônibus. Para isso, contribuiu o vale-transporte que recebe da empresa e pelo qual são descontados, no máximo, 6% de seu salário. Aos sábados, a vendedora faz curso de inglês antes do trabalho. Por causa do tempo, ela sai de casa com o carro, que deixa na rua. "Prefiro o ônibus, porque o tipo que eu pego é de viagem, tem bancos confortáveis e sempre vou sentada. Se fosse um coletivo comum, eu pensaria em ir sempre de carro." (RSc) Texto Anterior: Carro gerou gasto hospitalar de US$ 785 mil em 89 Próximo Texto: Vacina ajuda a driblar vírus da gripe Índice |
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